
Se tem uma coisa que está desmoralizada no Brasil é a política. Basta ver a abstenção em todo o Brasil. Pandemia e noves fora, o eleitor em todo o País não foi votar. Em Manaus, com chuva no domingo de segundo turno, a vontade que já era pouca, acabou. E com ou sem moral, três políticos veteranos amargaram uma derrota simbólica, daquelas que certamente causam reflexão na hora em que botam a cabeça no travesseiro.
Arthur Neto, Amazonino Mendes e Alfredo Nascimento tentaram seduzir a população, mas falharam. Isso significa o fim?
Arthur Neto chamou Alfredo Nascimento do limbo, juntou o ex-prefeito com Conceição Sampaio, colocou a máquina da Prefeitura nas costas e foi para a rua pedir voto. Foram goleados. Apenas um sétimo lugar, com 3,24% dos votos.
Uma surra.
Diante da derrota, Arthur correu para acudir Amazonino. Nova derrota. Nas ruas e nas redes sociais, ficou bem clara a rejeição ao Tucano. Oito anos após comandar a cidade, Arthur sai desprestigiado pelas urnas. E Alfredo, pouco conhecido pelos jovens, esquecido pelos idosos, nem de longe lembrar os tempos em que era campeão de votos.
E O NEGÃO?
Amazonino perdeu a segunda disputa consecutiva. Aos 81 anos, levou um chapéu do jovem David Almeida. É preciso dizer que não levou uma goleada. Perdeu de pouco. Se fosse no futebol, dá pra dizer que perdeu nos pênaltis. Um pra lá, um pra cá…
Mas perdeu. E com a idade avançada, daqui a dois anos terá 83, é natural que a cada eleição fica mais difícil correr atrás de voto. “Não sou matusalém”, eles mesmo disse.
David proclamou o fim da era dos caciques após a vitória. Mas em política, sempre há uma chance de levantarem a tampa do caixão e ver o morto se mexer.
Se Alfredo, Arthur e Amazonino morreram, só Deus sabe. E com o Todo Poderoso, nenhum político tem informação privilegiada.