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Golpistas que utilizavam fotos de delegados para cometer crimes são presos no Amapá

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Na última quinta-feira (12/03), policiais civis do 4º Distrito Integrado de Polícia (DIP) deflagraram a operação “Coríntios”, no estado do Amapá, que culminou na prisão em flagrante de Suely Gomes Rodrigues, no cumprimento do mandado de prisão preventiva em nome de Cleverson Rodrigues dos Santos, 29, e no indiciamento de Antônio Gomes Coelho. Os três são investigados por comandarem um esquema no qual criavam perfis falsos em uma rede social para aplicar golpes, utilizando o nome do delegado Rafael Costa e Silva, titular do 4º DIP.

A operação foi coordenada pela delegada-geral da Polícia Civil do Amazonas, Emília Ferraz, e pelo delegado Rafael Costa e Silva. De acordo com as diligências, o trio criava perfis falsos em uma rede social, onde utilizavam o nome e as fotos do titular do 4º DIP. O usuário fake declarava ser funcionário do Departamento Estadual do Trânsito do Amazonas (Detran-AM), e escolhia vítimas para negociar vendas de veículos em supostos leilões, com ótimas condições de vendas e preços atrativos.

“Durante as investigações, nós constatamos que o trio praticava o golpe há, pelo menos, um ano. No entanto, o perfil que foi alvo de nossas investigações foi criado ainda neste ano. Vale ressaltar que uma pessoa aqui de Manaus nos procurou e formalizou denúncia, após ter caído no golpe deste perfil virtual. Depois que identificamos os paradeiros deles, nós nos dirigimos até o estado do Amapá, onde deflagramos a ação policial”, explicou Costa e Silva.

Conforme o titular do 4º DIP, Antônio controlava os perfis falsos e escolhia as vítimas, que passavam a virar alvo do trio. Já a mulher dele, identificada como Suely, e o amigo dele, identificado como Cleverson, eram os responsáveis por providenciarem uma conta bancária, por meio da qual eram realizadas as transações e o saque do dinheiro oriundo dos golpes.

O delegado Rafael destacou, também, que Antônio já se encontra preso em uma unidade prisional do Amapá, onde cumpre pena por estupro de vulnerável. Já a companheira dele foi surpreendida em uma barreira da Polícia Rodoviária Federal (PRF), quando tentava passar por uma rodovia que liga o município de Laranjal do Jari até a capital do estado, Macapá. Na ocasião, a mulher estava em posse de dinheiro oriundo do golpe e, diante disso, foi presa em flagrante.

Ainda segundo Costa e Silva, Cleverson recebeu voz de prisão quando estava na residência dele, no município de Laranjal do Jari. Durante as diligências em torno do caso, foram encontradas diversas fotos de diferentes delegados do Amazonas nos aparelhos celulares dos infratores. Além disso, já havia outro golpe em curso, no qual os indivíduos estavam se passando pelo delegado-geral do estado do Pará, Alberto Teixeira.

Procedimentos – Cleverson foi indiciado por associação criminosa e estelionato, ele foi conduzido pelos policiais civis até Manaus. Após os trâmites cabíveis no 4º DIP, ele será encaminhado para a audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, no bairro São Francisco, zona sul da capital.

Suely foi autuada em flagrante associação criminosa e estelionato. Após os procedimentos legais, ela foi levada para uma unidade prisional do estado do Amapá. Já Antônio foi indiciado por estelionato, associação criminosa e falsidade ideológica. Depois dos procedimentos, ele continuará em um presídio daquele estado, onde cumpre pena por estupro.

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