“Não é o retorno das aulas, do ano letivo, que está promovendo esse aumento do Covid na capital. Estamos tomando, hoje, medidas restritivas e de fechamento para priorizar o que é prioridade. Eu não vou deixar balada aberta e escola fechada. Nós não podemos punir o aluno público, que já tem uma defasagem histórica em relação ao ensino privado, porque alguns querem ir para a balada.”. Foi assim que Wilson Lima justificou o retorno das aulas presenciais do Ensino Fundamental a partir do dia 30 de setembro em Manaus, no mesmo dia em que mandou fechar banhos, balneários, bares e praias.
Ao todo, serão 107 escolas em atividade, totalizando mais de 111 mil alunos da rede pública estadual e 3 mil professores de volta às salas de aula. Desde que retornou o Ensino Médio, casos de Covid e de falta de estrutura são divulgados pelos próprios professores nas redes sociais. Mas a saga continua.
“O primeiro é diminuir desigualdades e recuperar o que essas crianças já perderam. Por conta de estarem isoladas, em casa, temos o problema de insegurança alimentar, porque muitas dependem da merenda escolar. Temos casos de aumento de violência doméstica pelo fato de que essa criança passa mais tempo em casa, às vezes está na rua, e aumenta a possibilidade de ser aliciada pelo tráfico de drogas. São fatores que a gente tem levado em consideração”, pontuou Wilson Lima.
“A escola é um ambiente controlado, um ambiente monitorado e nos deixa muito tranquilos para o reinício das atividades do Ensino Fundamental”, destacou o secretário de Educação, Luís Fabian Barbosa. Todos os alunos do Ensino Fundamental receberão duas máscaras de pano, que deverão ser trocadas na metade da jornada escolar.
