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1 ano após morte do pai por Covid, ex-miss Manacapuru desabafa: “Nunca parou de doer”

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Foto: Arquivo pessoal

MANAUS, AM –  Aos que aglomeram, aos que fazem festa clandestina, aos que não usam máscara, aos que negam a ciência. Hoje publicamos o desabafo da ex-miss Mancapuru Geovana Matos Rocha. Há um ano, no dia 19 de abril de 2020, o pai dela morreu de Covid, lutando por atendimento, negado na porta dos hospitais de Manaus. Geovane Rocha, taxista, pai, avô e um taxista muito querido.

Hoje ela processa o Governo, porque afirma que o pai foi intubado com tubo furado no Delphina Aziz. O processo corre na Justiça. A Covid arrasou com muitas famílias. A de Geovana e de tantos outros.

Leia mais: Família processa Governo por uso de tubo furado em taxista morto por Covid no Delphina

O Governo precisa prestar atendimento, comprar vacina. E você fazer sua parte.

“Meu nome é Geovana Matos Rocha. Sou auxiliar em saúde bucal. Estudante, acadêmica em Biomedicina. E ex-Miss de Manacapuru. Eu estava lá e vi tudo, eu tirei as fotos. Faleii com ele pela última vez. Antes de ele entrar no Delfhina. Falei com ele na Nilton Lins quando deixaram ele 30 minutos na recepção; se recusaram a atender ele em estado grave. Meus filhos sentem muita falta do avô, que era o único vivo. Eu sinto muita falta do papai, ele era meu maior incentivador em tudo. Um pai excelente. É revoltante perder um pai desse jeito, assistindo ele morrer sem poder fazer nada. Espero que a justiça faça alguma coisa e não deixe essa morte impune. Porque nunca vamos nos recuperar dessa perda. É uma dor que não passa, nunca parou de doer. Mas tentamos seguir em frente, mesmo sendo difícil. A saudade é insuportável as vezes, todos os dias eu lembro dele, sinto falta. É imperdoável perder um pai assim sem que ele tenha tido pelo menos uma chance de viver. É uma ferida aberta que jamais vai cicatrizar em nós. Eu nunca vou me recuperar disso. 😔”

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