Na Amazônia seringueira, o título de Coronel de Barranco foi dado pelos historiadores para descrever um cidadão diferenciado que vivia no cotidiano da caboclada responsável pela economia da borracha, de onde emanava a geração de riquezas. A hierarquia nada mais era do que uma designação formal para o cara que mais saia ganhando prestígio junto aos trabalhadores e despeita, ciúme, inveja e rancor de seus concorrentes e inimigos, a classe política. Haveria alguma coincidência com a economia da borracha e da Suframa, hoje, sob a gestão do Coronel Alfredo Menezes?
Sob o signo do Pibinho
No século XXI, onde se lê Zona Franca de Manaus, deve-se entender geração de riqueza e de prestígio político. A mesma função cumprida pela economia do Ciclo da Borracha, responsável durante três décadas por 45% da formação do PIB. Hoje só não chegamos a esse patamar porque o Brasil virou um novilho das tetas da ZFM. Os ingleses, por terem beneficiado e industrializado o látex, agregaram 60% de valor ao seu PIB. E nós seguimos sob o signo do Pibinho.
Só não vendem a mãe
No Amazonas, assim como no resto do Brasil, temos eleições a cada dois anos. Só que aqui, nos arraiais de Ajuricaba, o herói popular de todas as tribos, eleição é, em muitos casos, a única coisa que importa a classe política. E ponha muito nisso. Só não são capazes de vender a mãe porque só tem uma. Entretanto, alguns emprestam, outros invertem o sagrado papel da maternidade.
Fonte: Maskate News