
Imagine ficar sem atendimento, depois ver uma ente querido morrer e ter de colocar algodão nas narinas do seu parente, porque o carro funerário leva mais de 24 horas para vir recolher o corpo? Foi o que aconteceu com a família de Maria Portelo de Lima, 61 anos, que faleceu domingo com sintomas de covid-19 em Manaus.
A sobrinha, Rosa Alves, contou na Rede Globo, no Jornal Nacional, seu drama. Ela mora na comunidade São João, na BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). O corpo ficou em cima da cama, coberto por um lençol e com o algodão no nariz, enquanto a família orava.
Maria teve tosse, falta de ar, diarreia e dores no corpo. Desmaiou e mesmo ligando para o Samu, a família não teve socorro. Minutos após o caso sair no Jornal Nacional, o SOS chegou. “Ela morreu às 15h de domingo. Fomos no SOS e deram até a meia-noite para remover, mas não vieram. Ligamos e passaram para às 3h. Depois para às 5h para seguir para o enterro. É um direito sepultar”.