
500 amostras do teste de RT-PCR estudadas pela Fiocruz Amazônia descobriram que a cepa P1 identificada em Manaus tem pelo menos o dobro da carga viral das demais. O pesquisador Felipe Naveca, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), confirmou neste sábado (27).
“Depois de utilizar esse teste de RT-PCR em tempo real, conseguimos mostrar que a carga viral detectável na secreção de nasofaringe de pacientes com a P1 é estatisticamente maior do que a dos pacientes não P1. Talvez essa seja a explicação relacionada à maior transmissão. Pelo menos nos nossos dados, suporte estatístico para isso”, afirma Naveca.
Ele explicou as consequências disso. “Se eu tenho maior presença do vírus no trato respiratório superior, provavelmente eu tenho maior chance de transmiti-lo para outras pessoas”, conclui o pesquisador.
Neste momento a covid se espalha com forço em todo o Brasil, que começa a viver a mesma situação caótica vivida pelo Amazonas em janeiro e fevereiro.
Foto: Alberto César Araújo/Agência Amazônia Real