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Dia da mulher: Em Iranduba, guardiã da mata tira da Amazônia a arte da ecobijoterias

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Foto: Arquivo Pessoal

Dia da mulher não é só no dia 8 de março, e, sim, todos os dias do ano. Hoje você vai conhecer a história de vida, superação e talento da extraordinária Izolena Garrido, de 46 anos, que por sua beleza única é conhecida como ‘Musa do Rio Negro’. Professora há 26 anos, membro do Conselho Deliberativo da Unidade de Conservação do Rio Negro, vice-presidente da Associação das Comunidades do Rio Negro, mãe. Há seis anos se encontrou como artesã e fabrica ecobijoterias. Ela conhece a floresta como a palma de sua mão e extrai belezas raras. Confira a nossa homenageada do Mês da Mulher.

Foto: Arquivo Pessoal

Nascida numa comunidade na zona rural de Iranduba, Izolena se descreve como uma guardiã do seu templo, a ‘Floresta’. “Conheço a floresta e tudo que mora dentro dela. O que existe dentro dela e que pode ser feito com o que a floresta oferece, usando, cuidando e conservando as espécies. Uma mulher que não desiste dos seus ideais, que luta, que mesmo perdendo, não abandona a batalha nem seu povo”.

Foto: Arquivo Pessoal

Seu maior objetivo é lutar pelos direitos do seu povo. “Procuro trazer formação para todos, usando os mais váriados meios de educação. Uma mulher que ama a vida e é como a água, vai onde ninguém imagina”, confidenciou a morena, que se  mostra apaixonada quando questionada sobre as obras de arte que faz com materiais retirados da mata, tais como brincos, colares e pulseiras.

“Como artesã, coleto parte das sementes na floresta, escamas de peixes, resíduos de madeira, fibras naturais e uso os pigmentos naturais extraídos das flores, seivas, resinas, frutos etc, para dar cor às fibras ou escamas, algumas vezes, em tecidos”.

Sem egoísmo, ela repassa seu conhecimento para os pequenos alunos. “Na escola, ensino a forma sustentável de obter cores naturais na pintura das atividades, bem como usar algumas frutas da floresta na alimentação saudável”, disse Izolena.

Ela destaca que suas peças de artesanato são 100% orgânicas. “Desenho, produzo e vendo. Depois que vão perdendo a vitalidade, pode enterrar que vira adubo orgânico. A natureza agradece!”. E a gente também, né?!

E quem disse que na pandemia ela parou?

Se reinventou. “Entrei em uma plataforma criada pela FAS [Fundação Amazoônia Sustentável], mas só fizeram duas encomendas durante 2020. Mas não parei. Desenhei novas peças e estou confeccionando aos poucos. Como tudo parou, a maioria dos clientes como todos nós, optaram por ter alimentação em casa, e as outras coisas ficaram em segundo ou terceiro plano”, ressaltou a guerreira.

Criou uma conta no Facebook para divulgar sua peças e tem a expectativa de ter bons lucros em 2121. “Vendo por encomenda”.

Siga izolena.garrido.7 e @izolenagarrido

Por Suzana Martins – Equipe Repórter Manaós 

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