Givancir Oliveira vai continuar comandando o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (STTR) em Manaus pelos próximos quatro anos. Ele foi reeleito pelos rodoviários, um ano após ser preso por um homicídio e uma tentativa de homicídio em Iranduba. Mas apesar dos problemas com a Justiça segue firme na confiança da categoria.
Nesta sexta-feira ele usou a página do Sindicato para agradecer ao apoio. Ao longo dos anos os rodoviários têm sido vítimas de um sistema de tranporte sucateado, atacado por assaltantes e desvalorizado pelos empresários, que atrasam salários e ameaçam acabar com a função de cobrador. Apesar das greves, nada muda.
“Agradeço de coração a todos rodoviários que foram votar. Vivemos um momento difícil, não so nós, mais todos os trabalhadores do Brasil e do mundo, mais com muito orgulho que digo, que diante desse momento ruim, não deixamos reduzir ou rebaixar os salários e benefícios dos nossos trabalhadores. Com muita luta e determinação, e principalmente com ajuda de Deus e de todos aqueles que acreditam em nossa luta, vencemos mais uma vez, que Deus nos abençoe e nos der sabedoria sempre”, escreveu Givancir Oliveira.
Ele é suspeito de matar em Iranduba Bruno de Freitas Guimarães e de atentar contra a vida da prima da vítima, “Tchelsy”. Os dois teriam cobrado uma dívida do sindicalista, que irritado teria atirado contra as vítimas.
Na cada de Govancir a polícia encontrou quatro pistolas, de calibres 40, 45, 380; dois revólveres, duas espingardas, de calibre 12, quatro granadas, dois lançadores de gás de pimenta e gás lacrimogêneo.
Solto desde junho de 2020, ele nega todas as acusações e diz que é vítima de perseguição. O caso segue em andamento. “Já estou de volta. Estou solto, como eu esperava, até porque sou inocente, não cometi crime algum e vou provar a minha inocência. A quem achava que eu ia passar 30 ou 20 anos na cadeia, como a gente ouvia falar, se deram mal. Obrigado pelas orações de todos os diretores, logo estaremos juntos aí se preparando para mais uma batalha dos rodoviários”, disse na época, quando foi liberado soba a condição de usar tornozeleira.
