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Professora cria projeto e arrecada mais de 300 livros para crianças carentes de Tefé
Pela valorização da Educação

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EDUCAÇÃO – Hoje, a história de valorização da Educação vem direto da cidade de Tefé, município distante a 522 km de Manaus. Professora há 4 anos e atualmente desempregada, Cineuda Bessa, de 38 anos, criou em 2017 o Projeto ‘Rabeta Literária’ com o objetivo de incentivar à leitura em crianças carentes da zona rural do município. Mesmo em plena pandemia ela continuou o trabalho e foi contemplada com ajuda do Governo Federal. Este ano, em menos de uma semana, já arrecadou cerca de 130 livros em Tefé e 250 de Manaus.

Foto: Arquivo Pessoal

“Tínhamos muito livros, mas pouco usados, já que os jovens da cidade quase não usavam a biblioteca, aí pra ter um movimento nos livros, tive a ideia de levar pras comunidades locais. O coordenador da biblioteca Municipal me ajudava e apoiava, mas, infelizmente, com a troca de prefeitos paramos o projeto, e agora, eu resolvi voltar”, disse a educadora.

Pandemia e Educação 

Segundo Cineuda Bessa, 2020 foi um ano difícil para o projeto por conta da pandemia. Com tudo parado e seguindo as recomendações de isolamento social, tudo parou. As crianças ficaram sem receber os livros e o ‘Rabeta Literária’ teve que dar uma parada forçada por causa do coronavírus.

Mas, como professora brasileira, ela não desistiu. Naquele ano, com a ajuda de uma amiga residente na capital, se inscreveu no projeto do Governo Federal Lei Aldir Blanc, do prêmio Feliciano Lana, para a área literária, e com isso o ‘Rabeta Literária’ foi aprovado, para sua surpresa.

 

“Não fizemos mais devido à pandemia no ano passado. Foi quando uma amiga me inscreveu para concorrer no Governo Federal e fui contemplada. O ‘Projeto Rabeta Literária’ recebe esse nome justamente devido nosso transporte ser a catraia, rabeta e canoa”.

Conforme a professora, com apoio do incentivo de R$ 22 mil conseguido junto ao Governo Federal, ela pode pagar custos do projeto.

“Com o incentivo que ganhei, pago transporte de embarcação de livros doados em Manaus até Tefé, comprei máscaras, álcool em gel, pago lanchas para me levar com os livros até às comunidades e incentivar à leitura das crianças e adolescentes acolhidos pelo projeto, seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde contra a Covid-19”.

A volta 

Agora a persistente professora está aceitando doações de livros de qualquer categoria, principalmente, lúdicos. Ela garante que toda a doação é bem vinda e será entregue a quem não tem quase nada.

Foto: Arquivo Pessoal

“Em Manaus, algumas pessoas tem entrado em contato comigo para doar. Já tenho uma pessoa que pega as doações na capital e deixa no barco pra mim.” Ela também usa a tecnologia a seu favor e recebe apoio de uma papelaria local, com uma permuta.

“Resolvi fazer um post no Instagram para ajudar na divulgação, e também, coloquei uma caixinha de papelão na loja de uma conhecida. Entramos num acordo, eu divulgo a loja deles e ela divulga meu trabalho. Tem dado certo. Estamos a todo vapor, precisando muito de livros lúdicos”, finalizou.

Foto: Divulgação

Se você tiver interesse em ajudar a professora Cineuda Bessa, pode entrar em contato pelo telefone (97) 9 8412-4333.

Vamos ajudar, maninho?

Por Suzana Martins – Equipe Repórter Manaós 

 

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