
“Justiça! Acabaram com a nossa família. Meu neto era trabalhador, todos nós somos trabalhadores. Ele morreu vítima de uma barbaridade e tudo que pedimos é justiça. Deus vai fazer justiça!”, clamou emocianada a avó do entregador delivery Endrio de Souza Silva, de 20 anos, Leônia Varela. O jovem foi morto a tiros, durante uma abordagem policial da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) na noite desta terça-feira (30), na comunidade da União, bairro Parque 10, Zona Centro-sul de Manaus.
De acordo com a nota da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) conforme “ o relatório de ocorrências, a equipe policial estava pela área da comunidade da União, quando foram parados por um motorista de aplicativo informando que havia acabado de ser vítima de uma tentativa de roubo.
Depois disso, as equipes localizaram dois homens, em uma motocicleta, apontados como suspeitos do crime. A viatura foi recebida a tiros e se defendeu. Um dos homens que estava na moto conseguiu fugir. O outro foi baleado, conduzido ao HPS 28 de agosto, onde acabou morrendo.
O caso ocorreu na rua Dois de Agosto, Comunidade União, Bairro Parque Dez. O motorista que sofreu a tentativa de roubo compareceu ao 1º DIP, onde o caso foi registrado, para dar seu testemunho sobre os fatos. Um revólver calibre 32 foi apreendido, juntamente com porções de entorpecentes.
A Corregedoria Geral do Sistema de Segurança informa que, como é padrão em todos os casos de intervenção policial, uma sindicância é instaurada paralelamente ao inquérito policial para melhor esclarecimento dos fatos.“
Os familiares negam que o jovem era bandido e afirmam que ele estava na frente de sua residência jogando baralho com um amigo, quando foi abordado e não tinha nenhum envolvimento com o crime. O corpo de Endrio de Souza Silva está sendo velado em uma igreja evangélica, na Rua das Palmeiras, na comunidade da União, extendendo-se até às 7h desta quinta-feira (01/04), sendo enterrado em um cemitério na rodovia estadual AM-070.
“Meu neto não era bandido”, afirmou chorando muito dona Leônia Varela.