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Desempregado trabalha de diarista para pagar pensão e sofre assédio ‘de homens e mulheres’
A vida como ela é

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Foto: Reprodução/rede social

De acordo com o IBGE, o Brasil registrou no primeiro trimestre a preocupante marca de 14,8 milhões de desmepregados. Uma taxa de 14,7% agravada pela pandemia, inflação e baixa escolaridade. Gautyelle Costa, que mora em Jundiaí, interior de São Paulo, é mais uma dessas vítimas da crise econômica, e sem ter como pagar a pensão da filha de 11 anos, resolveu oferecer trabalho de diarista. Criou um instagram para divulgar sua mão de obra e começou a receber pedidos de serviços. E assédio sexual.

Neste sábado (21) ele fez um desabafo na sua rede social, ao compartilhar uma reportagem feita com ele pelo G1 local. “Sim trabalho com muito amor, e orgulho.
Algumas pessoas precisam parar de achar isso estranho tanto homem, mulher, em fim não importa seu gênero podem também trabalhar no que quiserem, trabalho como diarista é algo muito digno. O povo que ver maldade em tudo.”

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A maldade em questão são as palavras fora de hora e contexto que esse pai recebe de alguns clientes. Assédio é crime, tanto contra mulheres como contra homens. “Não sou garoto de programa. Eu preciso pagar pensão e me deu um desespero. Então, surgiu a ideia de eu ser diarista. Eu gosto de limpar a casa e comecei a divulgar na internet, fiz uma arte bem legal com uma foto minha, uma descrição. Daí eu já recebi bastante críticas por causa da foto e depois começaram os assédios.”

No perfil ele anuncia os serviços: “DIARISTA MASCULINO🧍‍♂️RESIDENCIAL & COMERCIAL
Limpeza em Geral 🧹 Organização – Armário de Cozinha, Dispensa, Geladeira
Solicite já seu Orçamento”. Mas infelizmente, nem tudo saiu como o planejado. “Fui trabalhar na casa de um homem e ele me mandou mensagem dizendo que queria algo a mais. Eu fiquei muito sem graça, fiquei sem reação. Isso me deixou muito triste porque uma coisa é você sofrer assédio pela internet e outra era pessoalmente. Aquilo me abalou muito”, conta, emendando que os pedidos indecorosos também vem das mulheres.

“Eu recebi muitas mensagens de mulheres para eu fazer faxina à noite na casa delas. Nunca na minha vida eu achei que passaria por isso. Eu fiquei sem entender, simplesmente me calei.”

Sem emprego formal,  Gautyelle afirma que vai seguir como diarista, apesar do preconceito e das cantadas. Ja diz o ditato, o trabalho dignifica o homem.

 

 

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