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Após ameaças, indigenista e jornalista inglês estão desaparecidos no Amazonas

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Foto: Reprodução

O indigenista brasileiro Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, estão desaparecidos na Amazônia há mais de 24 horas, segundo o divulgado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), a entidade afirma que eles desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.

Segundo a Univaja, Bruno recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

Trajeto e desaparecimento

Bruno e Phillips foram vistos pela última vez quando chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h deste domingo (5) e onde conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de Churrasco. De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, viagem que dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino.

“Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas”, diz o texto da Univaja.

Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

Quem são os desaparecidos

Phillips e Bruno fazem expedições juntos na região desde 2018, de acordo com o Guardian.

Segundo a nota da Univaja, Bruno é “experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos”.

Já Phillips mora em Salvador e faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian. Ele também está trabalhando em um livro sobre meio ambiente com apoio da Fundação Alicia Patterson.

Em uma rede social, Jonathan Watts, editor do Guardian, disse que o jornal está preocupado e procurando informações sobre o colaborador.

“O Guardian está muito preocupado e procurando urgentemente informações sobre o paradeiro de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”, escreveu Watts.

fonte: G1

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