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Morte de miliciano provoca ataques a ônibus no Rio
Milicianos incendiaram 35 ônibus em represália à morte do vice-líder da quadrilha.

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Morte de miliciano provoca ataques a ônibus no Rio
Imagem: Reprodução

Rio de Janeiro – Ao menos 35 ônibus foram incendiados na zona oeste do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (23), em um ataque coordenado por milicianos. O governador Cláudio Castro anunciou que 12 homens foram presos colocando fogo nos coletivos.

Os ataques foram uma represália à morte do vice-líder da quadrilha, Matheus da Silva Resende, de 24 anos, que foi morto durante um confronto com policiais civis na Favela Três Pontes, em Santa Cruz. Resende era sobrinho de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, que é o líder do principal grupo miliciano que atua na cidade.

Os ônibus começaram a ser atacados e incendiados por volta das 16h. O primeiro ônibus que pegou fogo estava na Rua Felipe Cardoso, na altura do BRT Cajueiros, em Santa Cruz.

Segundo o sindicato das empresas de ônibus, esse já é o maior ataque a ônibus da história do município do Rio. São 20 de linhas municipais, 5 do BRT e 10 avulsos, de fretamento. Pneus também foram incendiados e veículos atravessados em vias expressas.

A prefeitura do Rio decretou estágio de atenção por conta dos ataques. O estágio de atenção é o terceiro de uma escala de cinco e significa que uma ou mais ocorrências já afetavam a rotina de parte da população.

Os ataques provocaram transtornos ao transporte público da cidade. O BRT Transoeste, corredor de ônibus que atende a zona oeste, teve apenas duas linhas funcionando à tarde. As demais foram interrompidas.

Pelo menos 32 escolas interromperam as aulas em função dos ataques. Estações de trem na zona oeste foram fechadas entre Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens circulavam somente entre as Estações Central e Campo Grande.

Um trem chegou a ser abordado por bandidos nas proximidades da estação de Tancredo Neves. O maquinista foi obrigado pelos bandidos a abrir a porta, descer da composição e teve de retornar à estação. Os criminosos atearam fogo à cabine.

O governador Cláudio Castro condenou os ataques e afirmou que o governo do estado vai tomar medidas para combater a milícia.

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