Conheça a identidade de R7, brasileiro detido sob suspeita de ser o principal traficante de armas associado ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Ricardo Luis Picolotto, mais conhecido como R7, foi capturado no Paraguai em uma operação coordenada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas), pelo Ministério Público do Paraguai e pela Polícia Federal do Brasil, ocorrida na terça-feira (19).
Natural do Paraná, Picolotto é acusado não apenas de abastecer o PCC com armas, mas também de fornecer armamentos e substâncias ilícitas ao Comando Vermelho. Durante a operação de detenção, nove indivíduos perderam a vida em confronto com as autoridades, enquanto outras nove foram presas, incluindo dois brasileiros.
De acordo com informações da Polícia Federal, Picolotto utilizava aéreos para enviar armas à Bolívia, as quais eram posteriormente transportadas de volta ao Brasil por via terrestre. Essas armas acabavam nas mãos de membros do PCC e do Comando Vermelho.
R7 estava foragido desde fevereiro de 2020 e estava sendo investigado por tráfico de drogas e armas. A Senad suspeita que ele seja associado ao narcotraficante Felipe Santiago Acosta Riveros, conhecido como Macho, suspeito de liderar um grupo criminoso altamente violento inspirado em cartéis mexicanos. Macho também era alvo da operação, mas conseguiu escapar.
A Operação Ignis, que culminou na prisão de pelo menos dez indivíduos, resultou na apreensão de fuzis, munições e uma metralhadora capaz de derrubar aeronaves. Além disso, os agentes destruíram uma pista de pouso utilizada para o envio de armas ao Brasil. Na residência onde Picolotto se escondia, foram encontrados coletes à prova de balas, radiocomunicadores e documentos falsos.
A ação ocorreu em uma área rural próxima à fronteira brasileira, na zona de Salto del Guairá, Paraguai, considerada sensível e estrategicamente importante devido ao poder bélico do cartel desmantelado e à logística empregada para o tráfico internacional de drogas e armas, conforme informado pela Polícia Federal brasileira.
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