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Inflação em 2023: picanha fica mais barata, mas cerveja e gasolina encarecem

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Inflação em 2023: picanha fica mais barata, mas cerveja e gasolina encarecem
Foto: reprodução Freepik

Economia – Picanha fica mais barata, mas cerveja e gasolina encarecem. O governo Lula não conseguiu cumprir a promessa de baratear a picanha, a cerveja e a gasolina em 2023. A picanha, de fato, caiu de preço, mas isso foi resultado de fatores externos, como o aumento do abate de fêmeas. Já a cerveja e a gasolina ficaram mais caras, com a cerveja registrando um aumento de 5,15% e a gasolina, de 12,47%. A alta da gasolina foi principalmente relacionada à volta dos impostos federais, enquanto a da cerveja foi atribuída à expansão dos valores da cevada cervejeira e do trigo ao longo deste ano.

Picanha

O preço da picanha caiu 13,06% entre janeiro e novembro de 2023, de acordo com dados do IBGE. Essa queda foi atribuída ao aumento do abate de fêmeas, que aumentou a oferta da carne no mercado.

Segundo Fernando Iglesias, analista sênior da consultoria Safras & Mercado, esse crescimento no abate é resultado de investimentos feitos ainda em 2019, ou seja, quatro anos antes da volta de Lula ao poder.

“A bovinocultura de corte tem uma característica: esses investimentos demoram a maturar, demora para o investimento realizado lá atrás surtir efeito”, explica ele.

Cerveja

O preço da cerveja, por sua vez, ficou 5,15% mais caro no mesmo período. Essa alta foi atribuída à expansão dos valores da cevada cervejeira e do trigo ao longo deste ano, assim como o dólar.

A CervBrasil (Associação Brasileira da Indústria da Cerveja) afirma que a bebida alcoólica ficou mais cara por conta do “aumento dos custos acumulados nos últimos anos”. Seriam eles: energia, distribuição e matérias-primas.

Para Paulo Petroni, diretor-geral do grupo, a alta nos preços ocorreu por conta de uma pressão que veio ainda na pandemia. Com a demanda reprimida, devido às pessoas não poderem sair de casa, essa forte procura estaria vindo à tona agora, segundo ele.

Gasolina

A gasolina, por sua vez, teve alta de 12,47% no período. Essa alta foi principalmente relacionada à volta dos impostos federais cobrados sobre todos os combustíveis.

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