A noite foi de fotos com as vacinas, mas a verdade é que as doses são quase uma amostra grátis. O Amazonas recebeu apenas 356 mil doses da CoronaVac, e isso porque João Doria mandou 50 mil de presente de São Paulo. Como cada pessoas precisa de duas, temos vacina para apenas 128 mil felizardos. E ninguém sabe quando a segunda fase vai começar, pois não há previsão de mais vacinas na agenda do Governo Federal.
A segunda fase da vacinação ainda não tem data para início. Será destinada aos idosos com mais de 60 anos, que correspondem a um total de 251.080, segundo estimativa do IBGE. A terceira fase será dedicada às pessoas com comorbidades, quando devem ser imunizados 202.608 amazonenses.
Na quarta fase serão imunizados integrantes de povos e comunidades ribeirinhas, quilombolas, pessoas com deficiências permanente grave, pessoas com deficiência institucionalizadas, funcionários do sistema de privação de liberdade, população privada de liberdade, forças de segurança e salvamento, forças armadas, pessoas em situação de rua, trabalhadores da educação básica e superior, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo rodoviário, do transporte aéreo, portuários e aquaviário.
Quando? Nenhuma autoridade sabe. O Amazonas segue mergulhado na pandemia, com mortes por asfixia, hospitais superlotados e pouco planejamento. O Hospital da Nilton Lins, por exemplo, não abriu as portas por falta de oxigênio.
Ministério da Saúde, Governo e Prefeitura são alvos de investigações sobre as mortes por falta de oxigênio. Lamentavelmente, apesar da vacina, o sofrimento ainda vai longe.
