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Amazonense chora com indicação ao ‘Oscar’ da enfermagem: ‘Deus é dono de tudo’
História de humanidade

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O enfermeiro amazonense Raimundo Nogueira Matos viveu, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes da pandemia em todo o mundo. A foto dele abraçado ao paciente com Síndrome de Down que estava com medo de receber oxigênio viralizou em todo o planeta. Agora, ele foi indicado ao ‘Oscar’ da Enfermagem nacional, o prêmio Anna Nery. A indicação fez esse incansável profisisonal se emocionar, assim como ele emocionou a todos nós. Falando com exlcusividade ao Repórter Manaós nesta segunda-feira (16), ele não escondeu a emoção.

“Passei muitas situações difíceis trabalhando dia e noite. Pensava e perguntava a Deus, ‘senhor porque isso tá acontecendo?’. Deus é dono de tudo. Quando me ligaram e falaram sobra a indicação eu cheguei a chorar. Fiquei muito nervoso, passei horas sem dormir, pensando nessa premiação.”

Mas se ficou surpreso, Raimundo não deveria se espantar. O gesto humanitário dele representa bem o que profissionais de Saúde fizeram e ainda fazem em leitos de unidades hospitalres mundo à fora. Nascido em Manacapuru, Raimundo não imaginava que o abraço dado em Émerson Júnior, de 30, em janeiro deste ano, correria as redes sociais e seria compatilhado milhões de vezes. Hoje ele segue na mesma Caapiranga, já bem mais calma do que naqueles dias turbulentos.

“Vou representar os profissionais da área do Amazonas. É uma  honra. Cuidar de pessoas é mostrar-se totalmente humano no sentido mais sensível da palavra, pois com certeza não é fácil abdicar da própria família, abrir mão da sua vida pessoal e mergulhar diariamente na vida de pessoas que necessitam de você.”, desenvolve o profissional, que já rodou várias cidades do Brasil trabalhando para salvar vidas.

Fica o gesto, o agradecimento a ele e a todos, e as palavras desse herói que representa tão bem a prfissão e o Amazonas:

“Vejo que na minha profissão eu preciso ser um pouco de tudo: conselheiro, psicólogo… e acredito que essa capacidade de ser várias pessoas em uma única é o que nos faz sermos diferenciados, não é fácil estar nessa posição, mas, com certeza, é um lugar de muito orgulho, se eu pudesse definir a minha profissão de forma diferente eu diria: abraços carinhosos, confiança, palavras de bom ânimo, solução para dores e sofrimento, olhares de compaixão e sorrisos esperançosos, ser da área da saúde é realmente um dom, ser enfermeiro é um privilégio! nos últimos meses atuando bravamente na linha de frente do município de Caapiranga/AM prestando atendimento a todos que chegaram contaminados pelo COVID -19, comemorando cada cura e lamentando e consolando a quem perdeu seu ente querido, atuando como gestor do hospital de campanha, conquistando valorização dos profissionais e melhor condições de trabalho visando na biossegurança dos trabalhadores, realizado atendimentos domiciliares à população, meses de insegurança, minha equipe medo de contrair Covid e passar para outras pessoas ou até mesmo não resistir a uma infeção, meses de perdas e vitórias, mas sempre lutando pelo nosso bem maior a vida do nosso próximo, cada um da sua maneira, de acordo com sua função! Hoje agradeço a meu Deus pelo livramento, obrigado equipe agradeço de coração porque o sucesso não se alcança sozinho, todo grande resultado é fruto de um trabalho bem feito em equipe.”

 

Sobre a Premiação

O Prêmio Anna Nery é concedido a personalidades de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal que tenham prestado relevantes serviços à Enfermagem, e contribuído de forma significativa para o reconhecimento e aprimoramento da profissão no Brasil. A cerimônia de premiação deve ser realizada na última semana do mês de setembro, em Florianópolis (SC), durante o 23º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF). O evento vai obedecer a todas as normas de biossegurança.

Anna Nery, a enfermeira que dá nome à premiação, destacou-se pelo trabalho voluntário que desempenhou durante a Guerra da Tríplice Aliança (1865 – 1870), também conhecida como Guerra do Paraguai. O seu maior legado pode ser considerado a abnegação e a perseverança na prática do cuidar do próximo, a organização sistemática e a humanização no cuidar dos doentes. Ficou consagrada pela História como a primeira enfermeira do Brasil.

 

 

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