
As Escolas de Samba do Rio de Janeiro, que promovem o maior evento da cultura popular do Brasil, querem cancelar o Carnaval de 2021, caso não apareça o milagre da vacina a tempo. Nem mesmo o adiamento para junho está nos planos. “O carnaval é um evento de aglomerações, da produção à realização na Sapucaí. Como seria? Componentes a dois metros de distância? Cantando com máscaras no rosto?”, questiona o presidente da Vila Isabel, Fernando Fernandes, em entrevista ao jornal carioca EXTRA.
No fim de semana Manaus e o Amazonas se viram em meio à uma polêmica, após Garantido e Caprichoso se unirem para anunciar a realização do Festival de Parintins em novembro. A gritaria foi geral e o governo do Amazonas disse que a saúde é a prioridade. “Como ficaria a consciência de um dirigente caso acontecesse a morte de, por exemplo, 50 componentes que tenham desfilado na sua escola?”, disse o presidente da Mangueira, Elias Riche.
Com barracões parados, não há sinal de Carnaval no Rio de Janeiro, num momento em que as escolas já estariam começando os trabalhos para fevereiro. Os diretores de carnaval da Imperatriz Leopoldinense, Marquinhos Fernandes, e da Beija-Flor de Nilópolis, Dudu Azevedo, não cogitam Carnaval com o coronavírus no ar. “É simples: se chegar a vacina, teremos samba. Como vamos lidar com a multidão sem imunização coletiva? O adiamento para 2022 será inevitável, porque não teremos tempo hábil para arrumar a casa”, defendem.
Enquanto isso, Caprichoso e Garantido seguem planejando festejar em novembro, sabe-se lá o que.