Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro (PL), ao lado do ex-ministro de Dilma Roussef Alfredo Nascimento, e do pré-candidato ao senado Coronel Menezes, o governador do Amazonas Wilson Lima anunicou na noite desta quarta-feira (9) que o polêmico decreto de redução do IPI em 25% será alterado para salvar a Zona Franca de Manaus.
Após grande pressão do Amazonas e até ameaças de judicialização, aliados ao presidente estiveram em reunião hoje em Brasília, com a presença do ministro da Economia Paulo Guedes. “Tivemos uma reunião muito produtiva, com a presença de representantes das indústrias do Amazonas e do presidente Jair Bolsonaro. Tivemos a garantia de que os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, que já possuem o PPB, não sofrerão essa redução do IPI, o que garante competitividade das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus e a manutenção dos empregos”, disse o governador.
Coronel Menezes, que na semana passada foi alvo de críticas por dizer que Bolsonaro e Guedes “não podiam pagar a conta” do Amazonas não ter um modelo econômico alternativo, mudou o discurso e chamou para ele a liderança do encontro. “Essa agenda construída através da minha interlocução e atendendo um pedido do governador Wilson Lima, será fundamental para a manutenção dos nossos empregos e a pujança do nosso modelo de desenvolvimento. A ZONA FRANCA DE MANAUS é um orgulho para o Brasil”, escreveu em suas redes sociais.
Ao menos 100 mil empregos diretos são obra da ZFM. “O Amazonas não é contra a redução (do IPI). Entendemos a boa intenção do Governo Federal nesse processo de reindustrialização e aumento da competitividade; nossa maior preocupação é com a Zona Franca de Manaus”, reforçou Wilson Lima.
PPB – Em reunião com técnicos do Ministério da Economia na terça-feira (08/03), em Brasília, a equipe de técnicos da Sefaz-AM, liderada pelo titular da pasta, Alex Del Giglio, propôs a revogação da redução das alíquotas de IPI para produtos com Processo Produtivo Básico (PPB) aprovado pelo Governo Federal para a Zona Franca de Manaus, entre outras medidas discutidas.
São cerca de 500 indústrias beneficiadas em Manaus.
