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Após 204 mortes de professores, categoria condiciona volta às aulas à vacina
Pandemia e Educação

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O retorno às aulas presenciais na rede pública do Estado só deverá ocorrer após a vacinação dos profissionais da educação contra a Covid-19. Essa foi a opinião consensual dos participantes da Audiência Pública realizada na terça-feira (17) pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), presidida pela deputada professora Therezinha Ruiz (PSDB). O Asprom/Sindical informou a morte de 204 professores, vencidos pela doença.

Nesta quinta-feira os professores fizeram um protesto na frente da sede do Governo. “Vimos o secretário da SEDUC, Luís Fabian, frio, sem preocupação alguma em se colocar no lugar de quem perdeu alguém para essa doença. Já fala em voltar às aulas presenciais com a vacinação de apenas 55% dos trabalhadores. Vale destacar que 55% não é 100% e a SEDUC vai exigir a presença dos 100% na escola para as aulas híbridas e presenciais. Nossa posição e pela qual conclamamos a categoria e as autoridades competentes como MPE e MPT, Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa é de manter o ensino remoto até que todos estejam vacinados e que a categoria tenha auxílio estrutural durante o trabalho remoto. Aula na escola somente com a imunização completa.”, diz uma nota do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).

De acordo com o professor Lambert Melo, a situação epidemiológica em Manaus é muito preocupante. Ele sugeriu que os professores sejam colocados nos grupos prioritários de vacinação, e defendeu que os Governos Estadual e Municipal adquiram o imunizante para vacinação em massa dos trabalhadores da educação.

ASPROM SINDICAL 

Já a professora Alessandra Souza apresentou uma pesquisa realizada pelo Asprom/Sindical que mostra a situação da categoria diante das mazelas provocadas pela Covid-19. A contaminação, as sequelas, o estado psicológico abalado com as notícias de mortes de amigos e familiares, fazem parte da atual realidade vivida pelos servidores da educação, segundo a professora.

“Estamos vivendo um momento de dor que não está sendo respeitado”, salientou Alessandra Souza, afirmando ainda que os professores não receberam a formação adequada para o retorno às aulas e que muitos não dispõem de recursos ou material tecnológico para lecionar.

SEDUC E SEMED

Nesta quinta as aulas voltaram, mas apenas de forma virtual. “Neste ano, o projeto “Aula em Casa” terá seis canais de televisão simultâneos, voltado para os conteúdos dos Anos Iniciais, Anos Finais, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, por fim, um terceiro com as aulas para o Ensino Médio.”, afirma a Seduc.

O ano letivo da rede municipal de ensino iniciou nesta quinta-feira, 18/2, por meio do “Aula em Casa”, uma parceria entre a Prefeitura de Manaus, por determinação do prefeito David Almeida, e o Governo do Amazonas. As atividades, transmitidas pela TV aberta e pela internet, irão atender mais de 650 mil alunos da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e da Secretaria Estado de Educação e Desporto (Seduc).

A intenção é envolver estudantes, professores e pais ou responsáveis em um trabalho em conjunto para dar continuidade ao fluxo de aprendizagem com qualidade, sem qualquer exposição à Covid-19. O “Aula em Casa” disponibilizará atividades pedagógicas programadas para o ano letivo de 2021. O conteúdo curricular foi reorganizado para atender as necessidades dos alunos em cada nível, etapa e modalidade da educação básica. O secretário municipal de Educação, Pauderney Avelino, ressaltou a importância de iniciar o ano letivo, mesmo que de forma remota, buscando eficiência e qualidade na transmissão das aulas e na recepção.

Enquanto isso, os brasileiros continuam esperando pelas promessa de vacina do Governo Federal, que segue atrasado no Plano Nacional de Imunização.

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