
Era madrugada do último domingo (21), quando a chuva que castigava Manaus derrubou a casa de madeira da costureira Rafaela Bandeira da Silva 34 anos, e do cozinheiro Jociclei Silva Morais, 42, na comunidade União, no Parque Dez, zona Centro-Sul de Manaus. Tombados pelo decreto que impede o marido de abrir seu ponto e vender comida à noite, o casal e os três filhos, de 9, 5 anos, e uma bebê de 3 meses, não teve outra alternativa. Juntar as tábuas podres e reerguer o imóvel, sabendo que na próxima chuva ou ventania, tudo pode cair em cima das próprias cabeças. “Eu tenho muito medo. Meu maior receio é desabar tudo em cima da gente. Mas não tenho pra onde ir”, desabafou Rafaela, nesta sexta-feira (26), contando seu drama ao REPÓRTER MANAÓS.
Sem ter a quem recorrer, esta mãe decidiu criar uma vaquinha virtual para realizar seu maior sonho. Tirar a família de dentro da casa construída com madeira deteriorada. “Minha casa é cheia de catita. Tudo coberto por cocô de rato. Guardo tudo dentro de baldes para tentar evitar. Limpo a casa direito, mas elas invadem. Meu maior desejo é ter uma casa de alvenaria e, em nome de Jesus, vou conseguir.”
Enquanto um vizinho martelava e tentava reerguer a casa da família, essa mãe e esposa dedicada contou como a vida piorou com a pandemia. Todos pegaram Covid na casa, mas isso não foi o golpe mais duro.
Sem auxílio emergencial, Rafaela usa as madrugadas para costurar tapetes que vende a R$ 10. Só que a Economia parou e os clientes sumiram. E mesmo quando eles aparecem, tudo ainda pode dar errado. “Passei a noite costurando, mas a mãe da minha cliente pegou Covid e ela mandou devolver a encomenda. Desde que o auxílio acabou e esse decretou chegou, tudo está difícil.”
COMIDA
“Aqui em casa a gente come feijão, arroz e macarrão. Há semanas não sabemos o que é carne ou frango”. Não tem milagre. Quando dá a hora do lanche a filha de 9 anos corre para a casa da tia. Além de casa, essa família precisa de ajuda para se alimentar.

O marido, com problemas sérios no joelho, perdeu todos os documentos no dia do desabamento. E apesar de todas as adversidades, o casal unido segue na certeza de que dias melhores virão. “Todo o dinheiro que entra a gente compra logo comida para casa. Tenho fé em Deus que logo tudo isso vai passar e a vida vai melhorar para todo mundo”, diz essa brasileira batalhadora, como tantas outras que nosso País tem.

Hoje, fazemos do pedido de Rafaela o nosso. Quem puder ajudar, ligue para essa mãe e contribua. O telefone dela é 99375-6852. Não precisa dizer que toda ajuda é bem vinda, né? Contamos com você.
Abaixo o link da vaquinha da família de Rafaela: