
LUTO – Com o céu chorando e cinza, vai-se embora Sidney Afonso Rezende de Melo, aos 65 anos. O cantor e compositor faleceu na madrugada deste sábado (9). Ele estava internado desde o dia 1º de abril no Hospital 28 de Agosto, após sofrer uma parada cardíaca.
O mineiro Sidney Rezende revolucionou as toadas parintinenses na década de 1990. Com seu violão ele fez história na terra dos bois. Uma enorme perda para o Festival que se aproxima.
Toadas
Em seus mais de 30 anos de Parintins, Sidão produziu pérolas que lhe darão a imortalidade pela obra. Essas informações são do portal BNC.
De cara, por exemplo, assim que chegou a Parintins, compôs, em parecia com Fred Góes, a toada “No brilho da lua”, gravada em 1991.
Depois, fez Andirá, com o saudoso Emerson Maia. Nessa música, Sidney chegou a confessar o seu encantamento pela arte musical parintinense.
É que nessa parecia, Sideney levou elementos novos para a música local. Mas acabou surpreendido por Emerson Maia, quando o chamou à parceria. Andirá tinha apenas uma parte da música. Coube a Emerson inserir novos versos e este acabou dando uma virada surpreendente na música colocando nela uma espécie de happy:
“Eu vou que vou
Vou numa boa
Não tem despesa eu viajo de canoa
E já me vou é piracema
O meu hotel é de fazenda em fazenda”
Depois, vieram “Pássaro sonhador”, que compôs com Zezinho Cardoso, sucesso de Fafá de Belém e de Arlindo Júnior.
Fez também, com João Melo, “Nações extintas”, “Nações extintas 2” e “Amor Proibido”, com Rui Machado.
Foi Sidney também o primeiro a gravar “O Amor está no ar“, de Chico da Silva. Fez isso com o Regional Vermelho e Branco.
Outra obra que imortalizará Sidney é “Vem descer o rio“. Nessa toada, ele sintetiza os elementos que são sua marca na canção amazonense: o violão, o vocal e, nesse caso, a moda de viola, que mostra sua origem mineira.