O prefeito de Manaus David Almeida (Avante) ignorou todas as críticas e cumpriu nesta segunda-feira a promessa de dar à sua irmã o comando da Semed. A pasta que tem por obrigação cuidar do futuro da educação de jovens e adultos manauaras, tem orçamento estimado em R$ 1,8 bilhão, além de uma montanha de críticas, com denúncias de escolas e creches sucateadas.
“Quero saudar a todos os vereadores e secretários municipais que estiveram presentes na cerimônia e pedir que deem o suporte necessário para a Dulce, porque eu tenho a certeza de que nós vamos estar trabalhando juntos por uma educação municipal melhor. O nosso desafio é fazer com que Manaus tenha a melhor educação do Brasil!”, escreveu o prefeito, que ignora o parentesco com a escolhida e as denúncias dos últimos dias.
AMOM EXPÕE MAZELAS
Apesar da festa para Dulce Menezes, que recebe o bastão de Pauderney Avelino, a Semed é alvo de denúncias por parte da oposição. O vereador Amom Mandel (sem partido) apresentou um dossiê mostrando a precariedade de algumas unudades de ensino da capital.
“Eu e minha equipe constatamos que muitos dos prédios que visitamos eram prédios alugados por um valor, por assim dizer, exorbitante, o valor alto para estrutura fornecida. Então aí os alunos eram submetidos a condições precárias de educação. No entanto, a prefeitura informava de uma maneira tácita, que a obrigação da reforma não era deles e o proprietário também não ficava ali para explicar alguma coisa. Sabendo que mesmo sendo uma estrutura alugada, na qual pode, sim, ser reformada e descontada do proprietário”, destacou Amom.
GUEDES CRITICA
Outro que criticou a escolha foi o vereador Rodrigo Guedes (PSC). “No ponto de vista da moralidade e da ética e, principalmente, do ponto de vista das promessas feitas pelo próprio prefeito na sua campanha, dizendo que ele seria representante de uma nova política, onde a velha que tanto se pratica o nepotismo estaria totalmente enterrada”, diz Guedes.
CONCURSADOS RECLAMAM
Dulce Almeida também precisa cumprir uma promessa da Pauderney e David. Chamar os cerca de 1.300 profissionais aprovados no concurso de 2018 que até hoje estão na fila, vendo temporários em suas vagas.
