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Em audiência, pai do menino Henry Borel lembra última frase do filho: ‘a mamãe não é boa’
Triste

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Foto: Reprodução

A primeira audiência do caso Henry Borel foi marcada por muita tristeza. Especialmente pelo depoimento do pai do menino morto na casa da mãe, a professores Monique Medeiro, e do padrasto, o ex-vereador Jairinho. Leniel Borel deu detalhes dos últimos momentos que passou com o filho, e relatou que a criança de 4 anos estava em pânico.

“Ele se agarrava ao travesseiro pra não ir embora com ela. Ela começou a me ligar pra pedir ajuda, porque nos fins de semana, ele não queria voltar pra casa. Eu conversei com ele. Eu fui falar pro Henry que a mãe estava lá embaixo e ele se agarrou no travesseiro falando ‘Não, papai, não quero ir’. Quando ele viu a Monique, começou a chorar. A avó, dona Rosangela, conversou, chamou ele pra ir na praia. Ela desceu com ele pra praia, e depois foram embora”, conta.

‘PAPAI, NÃO QUERO VOLTAR PARA CASA’

“No sábado dia 6, eu peguei meu filho na casa do Jairinho. Quando eu peguei ele, ele me disse: ‘papai, eu não quero mais voltar para a casa da minha mãe, não quero’. Mas ele não dizia o porquê. Eu liguei pra Monique, ela disse que não tinha nada acontecendo e eu disse: ‘Monique, e se tiver alguma coisa acontecendo?’. Ela disse: ‘Eu mato o Jairo, Leniel!'”.

Foto: reprodução

O PAI CHORA

“Quando eu fui falar com ele que no dia seguinte tinha escola, ele me pediu pra não ir, que por favor não, que no dia seguinte ele iria, e aí eu falei que a gente podia ir pra casa da avó, só que eu já tinha combinado com a Monique. Quando no caminho ele percebeu que estava indo ao encontro da mãe, ele começou a chorar muito e vomitar. Eu falei ‘vai filho, a mamãe é boa’. E ele disse: ‘a mamãe não é boa’. E eu perguntei o que estava acontecendo e ela diz que é uma questão da casa, e pergunta pro Henry se ele quer ajudar a mamãe a achar outra casa. Ele foi, chorando muito. Foi a última vez que vi meu filho”, disse.

REVOLTA

“Eu entrego meu filho bem e chego com meu filho pelado, tentando ser reanimado. Jairo conta que ouviu um barulho, eu perguntei por que ele não fez ressuscitação, já que era médico, e ele disse que no estado que ele estava, era melhor correr para o hospital. Achei muito muito estranho, porque Monique nunca soube primeiros socorros, então porque o Jairo dirigiu em vez de socorrer?”, questionou.

Menino Henry, de 4 anos
DESOLADO

“Pedi a Deus que levasse a minha vida, mas não a do meu filho. Por volta das 5h30, a médica me chamou e disse ‘Pai, seu filho veio a óbito e não tem mais o que fazer’. Eu gritei: ‘Volta, Henry, volta’. Mas meu filho não voltou.”

Mãe e vereador prestaram 12 horas de depoimento

“Depois, as médicas falaram que o menino já chegou lá morto. E ver que eu entreguei meu filho perfeito e ver ele todo marcado, inchado, duro me deixou alerta. Eu fui atrás do laudo do IML, e elas disseram que, inclusive, queriam saber o laudo, porque era tudo muito estranho”, acrescentou.

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