
MANAUS, AM – O ex-delegado Gustavo Sotero, condenado a 30 anos de prisão em regine fechado, saiu pela porta da frente da Delegacia Geral, onde permanecia desde 2017, quando matou o advogado Wilson Justo Filho. O crime ocorreu no dia 25 de novembro em uma casa noturna na zona oeste da cidade.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (2), que, por sua vez, disse que a soltura aconteceu por determinação do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM).
Em nota, o TJAM informou que concedeu a Sotero a progressão de regime do fechado para o semiaberto, de acordo com o sistema de cálculos de pena do Conselho Nacional de Justiça.
“O semiaberto é um regime da pena privativa de liberdade, acompanhada pela 2.ª Vara de Execução Penal. Os apenados do semiaberto, no Amazonas, ficam sob monitoramento eletrônico.”, completou no comunicado.
Sotero também foi condenado a perder o cargo público que ocupava na Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). Mas, anos depois do crime e julgamento, o ex-delegado continua recebendo seus vencimentos, pouco mais de R$ 29 mil pelo cargo na PC-AM. Com os descontos, ele tem uma remuneração mensal de R$ 21,1 mil, como mostra o Portal da Transparência do Governo do Estado.
Por meio de nota, a Polícia Civil do Amazonas informou, por meio de assessoria, “que existe uma decisão judicial que determina a permanência do delegado na folha de pagamento dos servidores da instituição, até que o processo no qual responde por homicídio, transite em julgado.”