
Parintins – Na terceira e última noite de apresentações do 58º Festival de Parintins, neste domingo (29/06), o Boi Caprichoso abriu a programação no Bumbódromo levando para a arena o tema “Kaá-eté – Retomada pela Vida”. O evento é promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e reúne milhares de espectadores no maior espetáculo a céu aberto do mundo.
Estreando como tripa oficial do Caprichoso este ano, Edson Azevedo Júnior, falou da honra de integrar a equipe na arena. “É uma noite muito especial porque nós mostramos que realmente queremos, nos preparamos para esse espetáculo. Foi espetacular, com certeza vai dar vitória para a nossa galera azul-branca. E pisar na Arena como item oficial é uma emoção muito grande, porque eu carrego comigo um legado de família”, disse Edson.
Destaques
A apresentação destacou a lenda amazônica de Waurãga, reverenciada como a senhora e guardiã da floresta, responsável por convocar e comandar os Kãkãnemas, espíritos da mata que se manifestam no corpo dos animais de todas as espécies. Dentro da alegoria, a cunhã-poranga Marciele Albuquerque foi ovacionada pelo público.

(Foto: Arthur Castro/ Secom)
Na sequência, a figura típica regional “O Seringueiro da Amazônia” ganhou destaque na arena, homenageando os trabalhadores da extração do látex e suas tradições, em especial, Chico Mendes. O boi azul levou para arena a filha do seringueiro e ativista, Ângela Mendes.
Encerrando o espetáculo do Caprichoso, o Ritual de Cura Yawanawá, com alegoria desenvolvida pelo artista Algles Ferreira, evidenciou a tradição ancestral do povo Yawanawá, que vive às margens do Rio Gregório, no Acre. A apresentação reverenciou os rituais de cura e a espiritualidade indígena.
No meio da galera, como item 19, o universitário Matheus Lucas, 26, expressou a emoção da última noite. “É muito gratificante estar aqui pela terceira vez, como se fosse a primeira vez. Acho que o Caprichoso veio preparado, é grandioso. Ele faz um espetáculo. O treta vem aí!”, comentou o torcedor.
