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FVS desmente segunda onda mas admite preocupação com a Covid em Manaus
Povo brinca com coisa séria

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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), emitiu nota oficial nesta quarta-feira para desmentir que Manaus esteja numa segunda onda de Covid, mas admitiu que o momento é preocupante e que a desaceleração da contaminação está diminuindo. E mais: que a culpa é do povo.

“Essa desaceleração na queda de casos e aumento de internações é reflexo das aglomerações, cada vez mais frequentes, ocasionadas por uma parcela significativa da população que não adotou e, cada vez mais, está abandonando as medidas não farmacológicas preconizadas (como distanciamento social, não aglomeração, uso constante de máscara e lavagem frequente das mãos).”, diz a nota.

DELPHINA DÁ UM PASSO ATRÁS

Por medida de precaução e para que seja possível avaliar a permanência de uma curva de crescimento de internações, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) está readequando o plano macro de reabertura do Hospital Delphina Aziz, que permanecerá sendo a unidade referência para o tratamento de Covid-19. A Secretaria informa, ainda, que trabalha para manter o cronograma de abertura do Parque de Imagens do Delphina.

Alguns áudios estão circulando atribuídos à direção do Delphina Aziz, admitindo a segunda onda, mas nada foi confirmado oficialmente. “O Amazonas ainda permanece com circulação viral de Covid-19 na capital e no interior, ou seja, o estado continua em pandemia. Os indicadores monitorados pela FVS-AM apontam uma desaceleração na queda da média móvel de casos e um movimento de alta na média móvel de internações pela doença. Porém, no momento, não é possível afirmar que o Amazonas vive uma segunda onda de Covid-19.”, diz a nota.

NÚMEROS 

Conforme balanço apresentado aos representantes dos demais poderes, no último dia 11 de setembro, a média móvel de casos caiu apenas 0,2% em Manaus nos últimos 14 dias anteriores.  Atualmente, de acordo com a FVS-AM, há uma taxa de ocupação de 47,4% nos leitos de UTI e 46% dos leitos clínicos destinados à Covid-19 na rede pública, e 72,8% dos leitos de UTI e 67% de leitos clínicos na rede privada.

Covid assusta Manaus

Os dados de notificação registram um aumento da ocupação em 6% nos leitos públicos de UTI e 10% nos leitos privados. Nos leitos clínicos, houve um crescimento de 20% de ocupação na rede pública e 30% na rede privada.

De acordo com a FVS-AM, esse comportamento vem favorecendo a propagação do vírus, tendo relação direta com as atividades recreativas do último feriado, em balneários (incluindo a Ponta Negra), bares, casas noturnas, festas, confraternizações de aniversário e casamento, e outras aglomerações, que incluem, por exemplo, as convenções partidárias em função do período eleitoral, com intensificação da transmissão, principalmente na faixa etária entre 30 e 49 anos.

JOVENS CONTAMINAM IDOSOS

Refletindo o padrão da pandemia, os casos que necessitam de internação são de maiores de 60 anos e os com comorbidades, que entraram em contato com quem se expôs em aglomerações e não cumpriu as regras de segurança e os protocolos definidos para o processo de flexibilização e retorno gradual dos serviços e comércio, o que tem colocado em risco todas as medidas que foram adotadas pelo Governo do Estado para contenção.

 

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