
Após fechar a clínica geriátrica em São Paulo por causa da pandemia, o médico geriatra Henrique Rego, 38 anos, está há um mês em Manaus, voluntariamente, tratando os pacientes da covid no Delphina Aziz com música. De posse do seu violão em com muita solidariedade no coração, ele usa a musicoterapia para salvar vidas.
Em suas redes sociais ela explica como é a rotina diante de pacientes graves. “Nas ultimas semanas, tenho visto que, sem poder receber visitas ou ter um acompanhante, as pessoas que precisam ficar internadas durante a pandemia tem sentido muita solidão, além do medo de não sobreviver. Cantar junto com outras pessoas pode ajudá-las a perceber que não estão sozinhas. Receber atenção e carinho através de uma canção pode ajudá-las a lembrar que são importantes, que há alguém com quem contar. E cada encontro através da música é uma oportunidade para compartilharmos paz, esperança e alegria”, diz.
E sua música vai além dos pacientes. Os próprios colegam escutam e aliviam o stress do dia-a-dia. “Já para os profissionais de saúde, que estão prestando assistência a quem está internado, cada música pode ser uma chance de parar pra respirar, esquecer a tensão que muitas vezes nos envolve, e percebermos que a alegria de momentos assim reforça o prazer que temos em cuidar e o nosso sentimento de equipe. Obrigado aos amigos Kenit, Thiago, Hannah, Nastassja, João, Aleandra e Flávia que colaboraram pra que as ações com música fossem possíveis!”.
Diante de tantos elogios, Henrique mantém a humildade e serve de exemplo para quem realmente pensa em ajudar. Henrique voltou a São Paulo faz 15 dias, mas deixou o projeto a cargo de outros colegas. “O importante é me conectar com as pessoas. Que a agente se sinta realmente juntos”.