
Perdemos nesta sábado, aos 84 anos, a nossa maior miss Amazonas. Terezinha Morango morreu no Rio de Janeiro, mas seu legado será eterno. Fica aqui a homenagem do Repórter Manaós para esta dama da nossa história. Para sempre em nossa memória:
Três anos após Marta Rocha ser eleita a primeira Miss Brasil, coube a uma amazonense nascida em São Paulo de Olivença, em 26 de outubro de 1936, ostentar a coroa de mulher mais bonita do País e levar o segundo lugar no Miss Universo. Terezinha Gonçalves Morango, ou simplesmente Terezinha Morango, venceu o concurso nacional no dia 22 de junho de 1957, no Rio de Janeiro, o no dia 19 de julho, em Long Beach alcançou um comemorado e contestado segundo lugar, quando para muitos deveria ter sido a vencedora.

Filha e uma amazonense com um português, Terezinha viveu o auge da fama nos anos 50. Foi capa de revista, desfilou em carro aberto por Copacabana e reproduziu no Rio de Janeiro o mesmo sucesso que já fazia em Manaus. No livro “Diário de uma Miss”, escrito pela ex-miss Amazonas Lilian Lopes, Terezinha lembrou daqueles dias distantes.

Marta Rocha veio a Manaus e passou em carro aberto pela praça da Polícia. “Meu amigos disseram que eu seria a próxima. Não levei a sério.” Terezinha Morango ganhou concursos em Manaus, pelo Colégio D. Pedro II, pelo Rio Negro e foi coroada Miss Cinelândia, em votação dos leitores do jornal O GLOBO. Estava bem claro que iria longe.

O concurso nacional ocorreu no tradicional Hotel Quitandinha, em Petrópolis, belo município do estado do Rio, no dia 22 de junho daquele ano. Do Brasil, coroada, ela saiu para os EUA, onde acabaria perdendo o Miss Universo para a peruana Gladys Zender.

Hoje, morando no Rio de Janeiro, Terezinha Morango pouco aparece na mídia. Em 2018 chegou a gravar um vídeo desejando boa sorte a Mayara Dias no Miss Universo. Foi preciso uma vida toda para que uma Miss Amazonas repetisse o feito de Morango.

Mas ela será sempre reverenciada por ser a primeira. “Sou eternamente grata a esse concurso que meu grandiosas recordações que ficará indelével em meu coração, como dádiva suprema à minha mocidade”, disse a jovem e nervosa Miss Brasil diante do público em Long Beach, um registro histórico para a eternidade.
Terezinha está para sempre na história do Amazonas.

Fotos: Manaus de Antigamente