
Morreu neste domingo, em Bom Despacho, Minas Gerais, o maestro amazonense Nivaldo de Oliveira Santiago, vítima de câncer. Um abnegado da arte, inecntivador do ensino musicial e respeitado por sua reconhecida capacidade de ensinar e propagar a música, ele deixa um legado sem precedentes na arte amazonense.
“A passagem do maestro Nivaldo Santiago é uma perda para a cultura musical de nossa terra. Que Deus neste momento tão delicado seja o sustento dos familiares, amigos e alunos, que foram privados de seus ensinamentos”, disse o prefeito David Almeida em nota oficial nesta segunda-feira.
Vida e obra
Nivaldo Santiago nasceu em 1929, em Boca do Acre, no Amazonas, e graduou-se em piano pela faculdade de Música “Carlos Gomes”, em São Paulo, formou-se em regência e organista em Bolonha, Itália, e dedicou-se ao desenvolvimento do Canto Coral no país, sendo um dos pioneiros na criação de corais em São Paulo, Amazonas e Pará. Foi homenageado em 2009 pela criação do Coral João Gomes Júnior, com a publicação do livro “Nivaldo Santiago: uma Amazônia em música” por seus 80 anos; em 2014 outra homenagem pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), como professor emérito pelo conjunto da obra e atuação pelas artes na região Norte.
Nivaldo foi o responsável pela transformação do Conservatório de Música Joaquim Franco em unidade acadêmica da Universidade do Amazonas, vindo a ser diretor do antigo Instituto de Letras e Artes, hoje Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL).