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Manaus é um alerta do que pode acontecer com o resto do Brasil, diz infectologista da Fiocruz
'A influenza sempre começa por aqui e depois desce, o Sul é sempre o último'

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O infectologista da Fiocruz Marcus Lacerda atende a pelo menos 40 casos de Covid-19 em Manaus todo os dias e se surpreende com o fato de que, diferentemente do ocorrido na primeira onda, no início de 2020, desta vez famílias inteiras têm contraído a doença. Para ele, a emergência de uma nova linhagem do coronavírus pode ser, em parte, a responsável.

O especialista explica que a capital amazonense foi duramente atingida no ano passado em função do seu perfil condensado. E também pela entrada do patógeno no estado por meio de rotas aéreas do exterior no início da temporada de vírus respiratórios da Região Norte. Para Lacerda, é muito provável que o cenário se repita na segunda onda e se agrave ainda mais com a combinação do atraso na aplicação de vacinas com a ausência de medidas restritivas bem executadas, como lockdowns.

Cientista reconhecido por seus trabalhos pioneiros em doenças infecciosas, Lacerda é um dos infectologistas mais experientes do Amazonas e está na linha de frente do combate da Covid-19. Ele acredita que Manaus não é um caso isolado, e sim um alerta do que pode ocorrer no restante do país, caso a vacinação em massa não comece imediatamente.

Por que Manaus adoece explosivamente agora?

Porque ela também foi a primeira a sofrer com o caos na primeira onda. O coronavírus segue o padrão dos vírus respiratórios sazonais. A influenza sempre começa por aqui e depois desce, o Sul é sempre o último. Mas esse caos que sofremos aqui vai se alastrar (país afora) se vacinas não chegarem e lockdowns bem feitos não acontecerem. Manaus não é exceção nem tão diferente assim, tampouco (tão) pior do que o restante do país. A cidade é, aí sim, um farol do que acontecerá com o resto do Brasil, se a vacinação em massa não começar já.

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