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OAB classifica progressão de regime do delegado Gustavo Sotero como motivo de ‘tristeza e indignação’
Protesto

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MANAUS – A Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (OAB/AM), se posicionou pela primeira vez  sobre a situação do delegado Gustavo Sotero, condenado a 30 anos de prisão por matar o advogado Wilson de Lima Justo Filho, em 2017, dentro do Porão do Alemão.  Esta semana ele ganhou o direito de voltar para casa e cumprir a pena sob monitoramento de tornozeleira, o que foi considerado pela advogada da vítima uma decisão injusta.

A decisão da Justiça causou polêmica entre órgãos jurídicos da capital Amazonense e em entrevista coletiva a presidente em exercício da OAB/AM, Dra. Grace Anny Benayon, diz que a decisão de progressão foi recebida com muita tristeza e indignação.

“Nós recebemos com muita indignação essa progressão de regime e portanto nós não temos legitimidade nesse momento, nesta fase processual, que é a fase da execução. Hoje nós estamos aqui objetivando sensibilizar as autoridades que atuam no processo, que possam reverter essa questão, na medida em que a gente está tratando de algo absolutamente injusto, onde temos elementos reais que, com certeza não estavam nos autos”, afirma Benayon.

Já para a advogada que atua no caso, Dra. Catharina Estrella, a decisão é totalmemte injusta. Na ocasião a mesma apresentou vários elementos, como planilha que demonstra o salário recebido pelo delegado, fotos do acusado passeando no pátio da Delegacia Geral do Estado Amazonas, entre outras ilegalidades que impediriam a progressão de Sotero.

“Esse tipo de conduta precisa ser repreendida. Um réu dessa natureza precisa ter um cumprimento de pena efetivo, pois se não que tipo de sociedade nós iremos formar?” finaliza a advogada.

O CRIME
Wilson de Lima Justo Filho foi assassinado por Gustavo Sotero dentro do Porão do Alemão em dezembro de 2017. No julgamento, que ocorreu em novembro de 2019 e durou três dias, a Justiça decidiu que o delegado Gustavo de Castro Sotero seria condenado a 30 anos em regime fechado, respondendo pelos seguintes crimes: Homicídio qualificado privilegiado do advogado Wilson; Homicídio privilegiado tentado; Lesão corporal de duas pessoas, incluindo a esposa do advogado.

Esta semana  Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar para o condenado, que continua recebendo salário de R$ 21 mil como delegado, também por decisão liminar da Justiça.

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