
A senadora Simone Tebet foi a escolhida pelo MDB para ser a candidata do partido à Presidência da República. Destaque do partido desde a CPI da Covid, quando fez oposição às ações de Bolsonaro, ela faz parte da sigla de Michel Temer, que duante o governo Dilma Roussef foi acusado de “dar o golpe” na ex-aliada para assumir o poder.
Ciente da “pedra no sapato”, a senadora não citou o nome de Michel durante discurso, e ele também não apareceu no evento, alegando conflito de agenda. Mandou apenas um vídeo de apoio à colega de partido.
Tebet preferiu citar o falecido Ulysses Guimarães e repetiu o discurso que o brasileiro mais escuta dos pré-candidatos neste momento, que é o de combate à fome. Sobraram balas para Bolsonaro, que não teve o nome citado, mas foi atacado como governo, e também apelos para a condição da mulher na política, como vítima de violência e sem apoio dos políticos brasileiros.
Também citou Eduadro Braga como um dos seus maiores parceiros na política dentro do partido. “Essa missão tem clamor da urgência. A urgência porque o nosso povo, o povo brasileiro, está morrendo de fome depois de centenas de milhares brasileiros terem morrido por uma Saúde omissa, insensível e negacionista”, declarou Simone Tebet.
O MDB é considerado o partido fiel da balança das decisões em Brasília. Apontado como um dos partidos que criou o “toma lá dá cá”. Simone Tebet é filha de Ramez Tebet, ex-presidente do Senado e do Congresso.
É a primeira mulher a colocar seu nome para ser a terceira via, que hoje é sufocada por Bolsonaro e Lula.
Tebet já foi deputada estadual, vice-governadora do Mato Grosso do Sul e prefeita de Três Lagoas (MS).