
PEQUIM, 21 de janeiro – Em um movimento inesperado, Donald Trump suspendeu as tarifas sobre a China em seu primeiro dia de retorno à Casa Branca, evitando classificar o país como uma ameaça. O gesto sugere a possibilidade de uma reaproximação, com ambos os lados buscando vantagens mútuas em vez de tratar o outro como adversário.
Em seu discurso de posse, o presidente dos EUA evitou mencionar a China diretamente, antiga rival em uma guerra comercial, apesar de reiterar que as tarifas poderiam tornar os Estados Unidos “muito rico”. Sua postura deixou espaço para negociações futuras com a segunda maior economia do mundo.
Trump também adiou a proibição do TikTok, aplicativo de vídeos curtos de propriedade chinesa. Em um movimento sem precedentes, ele propôs que os EUA adquirissem metade dos negócios do TikTok no país como condição para manter o aplicativo ativo, alegando que a empresa poderia atingir um valor de mercado de centenas de bilhões de dólares.
Enquanto Trump inicia seu segundo mandato, analistas apontam que Pequim e Washington reconhecem a necessidade de um novo roteiro para alcançar seus objetivos e proteger seus interesses. Contudo, questões pendentes, como o acordo comercial de 2020, podem dificultar a construção de um relacionamento mais cooperativo.
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