
“O meu candidato à Presidência da República é o presidente Jair Bolsonaro, com quem eu tenho um alinhamento político”, disse Wilson Lima, em entrevista coletiva no dia 8 de abril.
Exatamente uma semana depois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prova, mais uma vez, que a recíproca não é verdadeira, e baixa decreto do Imposto sobre Produtos Idustrializados (IPI), que acaba com o incentivo para que empresas se mantenham instaladas na Zona Franca de Manaus.
A relação platônica de Wilson Lima com Bolsonaro não é de hoje. Dias antes, o pré-candaito ao Senado Coronel Menezes (PL) já havia dito que para ter apoio do presidente, Wilson deveria indicar um vice na sua chapa à reeleição do partido do presidente, “doa a quem doer”.
A desigualdade entre Wilson e Bolsonaro se explica de muitas formas, a maior delas pela dependência do Governo do Amazonas em relação ao Governo Federal, inclusive no que diz respeito à fragilidade de uma gestão denunciada no STJ por compra de respiradores em loja de vinhos durante a pandemia.
Ano passado, quando esteve em Manaus para a entrega das chaves do Residencial Manauara, Bolsonaro não teve cerimônia em dizer, com Wilson Lima ao lado, que a culpa do alto preço dos combustíveis é “responsabilidade dos governadores”, que não baixam o ICMS do produto.

Sem conseguir decidir se indica um vice do PL, que seria o próprio Menezes ou Alfredo Nascimento, se aceita dar a vaga para David Almeida, que também condicionou apoio a ter o vice da chapa, o governador do Amazonas segue.
Entre a cruz e a espada, precisando mostrar ao eleitor que vai reagir ao decreto, ao mesmo tempo que não pode abrir mão desses apoios, sob pena de ver sua reeeleição ainda mais minada pelos fatos.
Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
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