
Lohanny Remigio Nascimento, apenas 8 anos, levou três tiros dentro de casa, em Manaus. O domingo, 14 de março, mal tinha começado. Não era sequer 6 horas da manhã. A cidade mais rica e importante da Amazônia é incapaz de proteger a vida de uma criança indefesa. Isso é inaceitável.
O Amazonas, que se orgulha de preservar a floresta, de gerar milhões em renda e riqueza com a Zona Franca, que ostenta um estádio de futebol caríssimo que não serve para nada, que é admirado no mundo pelo Teatro Amazonas, não pode garantir que suas crianças vivam sem o risco de tomar um tiro e morrer dentro de casa.
Lohanny levou dois tiros no tórax e um na mão esquerda.
Inocente, indefesa, um anjo que veio a este mundo e não teve o direito elementar garantido: o de viver.
Não há nada que uma autoridade possa dizer para justificar essa situação de violência que impera em Manaus todos os dias.
Com ou sem pandemia.
Não há nada a dizer para a família de Lohanny.
Nem pedido de desculpas. Nem reforço de policiamento.
Para Lohanny é tarde demais.
O que pode ser pior do que isso?