
Uma mulher levou o marido morto, com o corpo duro e inchado, em cima da cadeira de rodas, para fazer prova de vida em uma agência do Banco do Brasil em Campinas. Ela precisava pegar uma nova senha para ter acesso à conta dele. Enquanto subia ao primeiro andar para pegar a senha, o atendente desconfiou do cliente na cadeira de rodas, chamou o bombeiro e descobriu a farsa.
O laudo do IML mostra que ele morreu ao menos 12 h antes da prova de vida. A mulher estava na agência com o marido e um casal de vizinhos. Na polícia, disse que conversou com o marido no mmesmo dia e que ele tinha saúde de ferro. Na agência, disse que a senha teria de ser dada a ela porque ele estava passando mal.
O morto foi identificado como Laércio Della Colleta, de 92 anos. Era escrivão de polícia. Nem mesmo se ela era casada com ele foi comprovado, pois não há certidão de casamento. A mulher, identificada como J. S. M., de 58 anos, vai voltar na polícia.
Um médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências (Grau), do Corpo de Bombeiros, atestou o óbito. O delegado Cícero Simão da Costa, do 1º Distrito Policial de Campinas, dsse que é “um caso absolutamente incomum. Agora que temos o resultado vamos ouvi-la novamente para tentar entender o que aconteceu”, disse. O corpo de Laércio foi levado ao Hospital Mário Gatti e enterrado.