O governador Wilson Lima (União Brasil) segue entre a cruz e a espada, e como já era esperado, não entrou com ação no STF para proteger a Zona Franca de Manaus e barrar o decreto do IPI que tanto ameaça o Amazonas. Menos de uma semana após prometer, não fez.
“Não desistimos da ação. A gente continua lutando. A gente tá encontrando um caminho político para resolver isso”, disse o governador nesta terça-feira (19), durante lançamento de um Hospital Veterinário do Amazonas.
Wilson é pressionado por Bolsonaro a indicar um vice em sua chapa de reeleição do PL. Seria Coronel Menezes, que defende publicamente o IPI, ou ainda Alfredo Nascimento. Se quiser ter apoio de Bolsonaro na eleição, terá de ceder a vaga. Há 15 dias, Wilson declarou voto em Bolsonaro, a quem diz ter “alinhamento político”.
“É uma ação complexa, pois são mais de 4 mil produtos com PPB [Processo Produtivo Básico]. A gente não descarta nenhuma possibilidade estratégica de manter as vantagens comparativas da Zona Franca de Manaus. A propósito do IPI, estive ontem em Brasília, conversando com alguns intelocutores do governo federal e marquei uma agenda com o presidente Jair Bolsonaro na semana que vem”, afirmou o governador.
Se abrir a vaga para o PL, perde o apoio de David Almeida, que sinaliza para Amazonino Mendes (Cidadania), ou até mesmo ameaça uma candidatura própria. “Quando o presidente disse que vai garantir os interesses da Zona Franca e a competitividade, eu acredito nisso e estou indo lá semana que vem para a gente entender como é que vamos fazer essa construção”, afirmou o govenador, que insiste na tese do diálogo, enquanto Bolsonaro e Guedes “passam a boiada.”
