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Flor Matizada exalta o folclore amazônico, abrindo passagem para o 25º Festival de Cirandas de Manacapuru
Com o tema Muricariuas, a nação lilás e branca marcou o Cirandódromo apostando na criatividade e ilustrações superlativas.

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Flor Matizada exalta o folclore amazônico, abrindo passagem para o 25º Festival de Cirandas de Manacapuru
FOTOS: Marcio James / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

O cenário Beiradão Amazônico, traduzido em cores, elementos e personagens tomou a arena do Parque do Ingá na apresentação da Flor Matizada, agremiação que deu início ao 25º Festival de Cirandas de Manacapuru (distante a 68 quilômetros de Manaus). Defendendo o tema Muricariuas, figura lendária que na etnia Sateré Mawé significa “Feiticeiro das Águas”, a lilás e branco, abriu passagem e saiu em busca do título de campeã de 2023.

Flor Matizada exalta o folclore amazônico, abrindo passagem para o 25º Festival de Cirandas de Manacapuru
FOTOS: Marcio James / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

A presidente da Flor Matizada, Vanessa Mendonça, momentos antes da apresentação, compartilhou a expectativa. “Confio muito no nosso trabalho, confio na nossa paixão pela Flor Matizada com certeza será uma grandiosa apresentação e vamos emocionar muito esse público”, disse. E ela acertou. A torcida Família Matizada (Fama) respondeu, vibrou e interagiu.

A representatividade amazônica foi impressa no cenário do artista parintinense Carlos Pizano, que atendendo a temática, apostou na imponente samaumeira de 19 metros de altura, como ponto central do módulo. Em cena, os cirandeiros conduziram a história do resgate do coração da “mãe das árvores”, roubado pelos Muricariuas e, para isso, os seres e personagens da floresta foram convocados.

De acordo com Gaspar Fernandes, autor da temática, a narrativa é uma crítica ao avanço da inteligência artificial desfalcada de consciência e os riscos à vida humana. “A gente aliou essa problemática atual com o cotidiano amazônico, que é rico e espetacular por si só. É um olhar etnográfico de um problema mundial, mas é como se a Amazônia falasse por si, não esperando que ninguém mais fale por ela”, disse Gaspar, também diretor cultural da Matizada.

Com um Cordão de Entrada de 40 integrantes e o Cordão de Cirandeiros formado por 60 pares, itens e personagens folclóricos, conduziram a apresentação ao longo de 2h16, ao som da Banda Lilás. Entre as surpresas, a estreia de Patrick Araújo, levantador oficial de toadas do boi-bumbá Caprichoso, como Cantador de Cirandadas. “Minha primeira vez, estou muito feliz de receber esse convite da Flor Matizada neste belíssimo espetáculo. É uma emoção muito grande estar aqui, espero participar mais e mais e contribuir como a cultura manacapuruense, a cultura do nosso estado”, revela o artista.

Cultura e economia

A primeira noite reuniu um público de 10 mil pessoas no Cirandódromo, para prestigiar o festival, promovido pelas cirandas (Flor Matizada, Guerreiros Mura e Tradicional), com apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manacapuru. Segundo o secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, mais que a cultura, o evento fortalece a economia do estado.

“Muitos profissionais atuam nas cirandas dependem da execução desse evento para que possam fazer seus trabalhos, como pintores, artesãos, serralheiros, costureiras, os próprios brincantes, músicos e toda economia que é movimentada, com o comércio aquecido, a partir da realização do evento”, assegura o secretário.

“Temos a adesão do público que vem torcer pela sua ciranda, mas acima de tudo prestigiar a cultura do nosso estado. O Governo Wilson Lima faz esse trabalho de motivar e fomentar para que as cirandas cheguem a esse lugar, mas também trabalha a estrutura técnica, operacional de segurança pública, trânsito, saúde, a parte social para que venham pra cá, prestigiem o seu grupo folclórico e aproveitem o município”, finaliza Apolo.

Palco Alternativo

A festa seguiu madrugada adentro, com shows de atrações musicais no palco alternativo, montado no estacionamento da Rodoviária de Manacapuru. Artistas locais e de Manaus, se revezaram e seguraram o público até às 5h. O cantor manacapuruense, Dieguinho Damasceno, apostou no repertório versátil, marca registrada do artista.

Flor Matizada exalta o folclore amazônico, abrindo passagem para o 25º Festival de Cirandas de Manacapuru
FOTOS: Marcio James / Secretaria de Cultura e Economia Criativa

“É uma grande felicidade, eu que nunca participei de um evento de governo, estou muito feliz por ser da casa, da terra e ter essa oportunidade”, revela o cantor com oito anos de carreira e apresentações em festas folclóricas no interior do estado. Na sequência, subiu ao palco, Mikael e Banda e, encerrando a programação, Xiado da Xinela.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Cultura Am

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