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Parintins 2024: ACNUR e OIM firmam parceria com o Governo do Amazonas para o combate à xenofobia e ao tráfico de pessoas
Esta será a primeira participação no Festival das duas agências das Nações Unidas

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A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Agência da ONU para as Migrações (OIM) estarão com a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) do Amazonas na 57ª edição do Festival de Parintins, que será realizado entre os dias 26 e 28 de junho, para reforçar as ações de enfrentamento à xenofobia e ao tráfico de pessoas.

A iniciativa conjunta se insere nas atividades do Governo do Amazonas para prevenir violações de direitos humanos e busca proporcionar uma festa mais inclusiva e segura para todas as pessoas, sejam refugiadas, migrantes ou brasileiras.

As ações integram a campanha “Boi-bumbá para todos”, desenvolvida pela Sejusc, que chega ao segundo ano com ações de prevenção e sensibilização sobre grupos mais vulneráveis em grandes eventos.

A partir do dia 25 de junho, as equipes atuarão em conjunto em pontos estratégicos da cidade com foco no combate à xenofobia, que pode se manifestar como atitudes, preconceitos e comportamentos que rejeitam, excluem e diminuem pessoas de outras nacionalidades por entender que elas são estranhas à comunidade.

Ao mesmo tempo, o trabalho irá incluir a sensibilização sobre o tráfico de pessoas, reforçando cuidados de prevenção, canais de denúncia e alertando sobre os tipos de exploração e que qualquer pessoa pode se tornar uma vítima, especialmente crianças, adolescentes e mulheres.

Para a secretária titular da Sejusc, Jussara Pedrosa, essa é mais uma iniciativa que busca tornar o Festival de Parintins uma festa segura para todas as pessoas. “Esse é o nosso segundo ano da campanha ‘Boi-bumbá para todos’ e é importante ver que estamos alinhando parcerias que nos ajudam a chegar mais perto do público que precisamos”, disse.

A OIM, presente em Manaus desde 2019, tem por objetivo proteger as pessoas em movimento, impulsionar soluções para o deslocamento e facilitar as vias para a migração regular. Localmente, dentre suas atividades, a organização trabalha em suporte às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia, na resposta humanitária ao fluxo venezuelano, assim como na área de mobilidade humana, meio ambiente e mudança do clima.

Para a coordenadora de escritório da OIM em Manaus, Águida Bezerra, a participação das agências no Festival de Parintins é um marco importante na inclusão de pessoas refugiadas e migrantes. “Nossa atuação na festa será para reforçar o enfrentamento à xenofobia e a inclusão de todas e todos. Também alertaremos sobre o tráfico de pessoas, informando sobre meios de prevenção e canais de denúncia. Junto ao governo e demais parceiros, queremos destacar as contribuições positivas da migração para o desenvolvimento sustentável”, disse.

O ACNUR atua para assegurar os direitos e garantir um futuro digno para as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas e comunidades devido a guerras, conflitos armados, perseguições ou graves violações dos direitos humanos. Em Manaus, a presença da agência foi restabelecida em 2017 para atender ao fluxo de pessoas venezuelanas e de outras nacionalidades que chegavam ao norte do país, onde permanece atuante.

A chefe do escritório do ACNUR em Manaus, Laura Lima, destaca que a participação inédita das agências da ONU no Festival de Parintins representa uma oportunidade ímpar “para promover a inclusão social, combater a xenofobia e defender os direitos, não só das pessoas refugiadas, apátridas e migrantes que vivem na Amazônia, mas de todas as pessoas que moram na região”.

“Com a nossa participação, visamos sensibilizar o público sobre a importância da acolhida humanitária e do respeito aos direitos humanos. A Amazônia é ponto de encontro de culturas, e Parintins a expressão desse DNA diverso. Por meio de ações de conscientização e prevenção durante o Festival, queremos reforçar que a diversidade cultural é uma riqueza a ser celebrada, não um motivo para a exclusão. O combate à xenofobia é uma responsabilidade coletiva”, concluiu Laura Lima.

 

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