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Alerta de colapso funerário: Brasil pode ficar sem caixão
Situação pode “fugir do controle”

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Em entrevista na última quarta-feira (10) para a CNN Brasil, o neurocientista Miguel Nicolelis afirmou que nos próximos dias o Brasil poderá enfrentar um colapso funerário gigantesco. “Se o sistema de saúde colapsar em todas as regiões, em todas as grandes capitais que concentram os maiores leitos de UTI. As pessoas não vão ter para onde ir. Elas vão começar a morrer nas suas casas. Vão começar a morrer nas ruas, na porta dos hospitais e aí o Brasil vai ter um colapso chamado: Colapso funerário. Como você não consegue dispor no número de vítimas infelizmente, você começa a ter infecções secundárias bacterianas. Você começa ater contaminação de alimentos, água e você perde o controle do país”.

Na noite desta quinta-feira (11), durante o Programa Expresso CNN, o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (ABREDIF), Lourival Panhozzi, também confirmou a futura crise funerária para o Brasil nos próximos 40 dias, ocasionando perda do controle. “O número de mortes é alarmante, se nós consideramos que os números de óbitos normal no Brasil era de 3.500 e nós já passamos de 2.400 só de Covid, é uma coisa inaceitável. Nós não conseguimos mais fazer previsões (…). A situação está num ponto muito crítico. Nós estamos sendo testados no limite. O nosso setor está trabalhando na sua capacidade máxima e se não for tomada medidas urgentes de contenção, esse descontrole com o aumento de números de casos, nós vamos ter um cenário muito preocupante”.

Ainda segundo Lourival Panhozzi a mudança climática também afeta o trabalho do setor. “Estamos mudando, saindo do verão, chega o inverno normalmente já aumenta o número de mortes no Brasil, principalmente nas regiões onde a temperatura cai mais e se a gente juntar tudo, agora com o aumento descontrolado da Covid, o aumento natural de óbitos nessa época do ano, a situação vai ficar à beira do colapso. Nós ainda não estamos no colapso no que diz respeito ao setor funerário. Nós estamos cotando. Nós temos limites, e que a sociedade não teste o nosso limite, porque se chegarmos aí nosso limite, vamos estar no fim do mundo. A situação vai ficar muito crítica”.


Monalisa Perrone questionou o presidente sobre até onde vai o suporte das funerárias no Brasil, e ele respondeu com firmeza. “Caixão não é só a nossa única preocupação. Temos os problemas dos cemitérios e hoje mesmo soltamos uma nota pedindo para que todas as funerárias suspendam as férias e chame de volta todos os funcionários que estão de férias. Se esse descontrole não for cortado, mais 30, 40 dias nós vamos estar numa situação muito difícil. Nós temos o estoque regulador e os fabricantes não estão conseguindo repor esses estoques na mesma medida que estavam antes porque não estão conseguindo nem matéria prima para produzir às urnas. O cemitério também tem um limite de horário e tempo para sepultar é esse descontrole está me preocupando muito. A situação é alarmante nesse momento”.

Confira na integra a nota da ABREDIF:

”ABREDIF esta fazendo uso deste chamamento de CARÁTER GERAL para que todas as empresas funerárias do Brasil se mobilizem e tomem medidas extraordinárias, bem como, atendam – quando necessário – os pedidos de apoio logísticos/técnicos/operacionais das empresas congêneres e observem não apenas os protocolos já adotados pelo setor, como também, os que iremos adotar em razão do agravamento da situação da Pandemia no Brasil.

Como nossa entidade tem a finalidade de agregar, orientar e colaborar, não sendo ela fiscal nem juiz para aplicar qualquer obrigação ou punição a qualquer empresa, iremos apresentar algumas “recomendações”, que pela maturidade profissional e compromisso social de todos, esperamos que sejam observadas.

RECOMENDAÇÃO 01

Suspender todas as férias, em curso ou programadas, dos funcionários ligados diretamente a toda cadeia de atividade funerária.

RECOMENDAÇÃO 02

Realizar um estudo da disponibilidade de vagas existentes e das que poderão ser disponibilizadas, em todos os cemitérios da sua cidade.

RECOMENDAÇÃO 03

Fazer um estudo para identificar a capacidade máxima de atendimento/dia de cada empresa, e lançar um alerta para nossa entidade quando o número de casos de uma semana atingir ou ultrapassar 80% da capacidade.

RECOMENDAÇÃO 04

Buscar, por todos os meios, adequar seu estoque para que atenda por 30 dias um numero de funerais 3 vezes superior ao registrado antes do estado de pandemia.

A ABREDIF esta preparando um novo protocolo de atendimento funerário para que o setor suporte uma situação extrema, que poderá ocorrer se as medidas de contenção da transmissão que estão sendo adotadas por todos os governos, não surgirem efeito.

Contamos, neste momento tão especial de nossas vidas, com a união de todo nosso setor e como o empenho e a dedicação plena, para realização de nossa missão.

Lourival Panhozzi
Presidente da ABREDIF
Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário”.

Foto: Divulgação/Secom

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