Itacoatiara, Manaus, Caapiranga e agora Autazes. Já são 33 casos da rabdomiólise no Amazonas, com uma morte e um grande mistério: de onde essas contaminações estão vindo e até onde isso pode ir.
A Vigilância em Saúde do Amazonas recebeu mais sete notificações no domingo. São 29 casos em Itacoatiara (um óbito), dois em Manaus, um em Caapiranga e um em Autazes. De acordo com o diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes, o monitoramento é feito, mas ele afirma que não um consenso e nem uma origem confirmada no problema. “Todos os casos notificados podem estar associados à ingestão de peixes. Ainda não há consenso no meio científico sobre a toxina que contamina os pescados. A Vigilância está se concentrando em detectar precocemente os casos e monitorar para que haja o manejo clínico adequado para os pacientes”, explica o diretor-presidente da FVS-RCP.
Ao todo 18 pessoas estão internadas: “Sendo duas pessoas de Manaus, uma de Caapiranga, uma de Autazes e 14 pessoas de Itacoatiara (12 adultos e duas crianças). Os demais pacientes receberam alta hospitalar.”, afirma a FVS.
Segundo a coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/FVS-RCP), Liane Souza, os pacientes internados estão clinicamente estáveis. “Todo o monitoramento periódico do estado de saúde e a atenção dada aos pacientes está sendo realizada sob o olhar da vigilância”, acrescenta a técnica.
Rabdomiólise – A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial que decorre da lesão muscular com a liberação de substâncias intracelulares para a circulação sanguínea.
Ocorre normalmente em pessoas saudáveis, na sequência de traumatismos, atividade física excessiva, crises convulsivas, consumo de álcool e outras drogas, infecções e ingestão de alimentos contaminados, que incluem o pescado. O quadro clínico da doença pode incluir elevações assintomáticas das enzimas musculares séricas (creatinina-fosfoquinase – CPK).
