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Criança de 11 anos é diagnosticada com variante Delta no Amazonas
Alerta na pandemia

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Foto: Agência Brasil

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas confirmou neste fim de semana a identificação de mais 12 casos de Covid-19 pela variante Delta (B.1.617.2 – AY.4) no Amazonas. Uma criança de 11 anos é o paciente mais jovem contaminado, e faz ligar o sinal de alerta no estado. Com a volta às aulas 100% presenciais, os pais e professores se dividem entre apoiar e temer colocar todos dentro da escola. Apenas a partir dos 12 anos a campanha de vaincação foi liberada.

Agora são 18 casos registrados pela variante, a mais contagiosa de que se tem notícia até o momento no mundo. Dos 12 casos identificados com a variante Delta, seis são do sexo feminino e os outros seis são do sexo masculino. Entre os confirmados há uma criança, de 11 anos, e adultos com idade entre 19 e 64 anos. Os indivíduos apresentaram sintomas gripais em níveis de intensidade diferentes que incluíram perda de olfato e paladar, dor de cabeça, febre, dor de garganta e dor no corpo.

A faixa etária de 11 anos não está incluída na vacinação no Brasil, o que causa preocupação nos pais. Dos 12 casos confirmados, dois são contatos diretos de pessoas que compuseram o primeiro grupo de confirmados com a variante Delta no estado, divulgado em 18 de agosto. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/FVS-RCP) notificou o Ministério da Saúde, ainda neste domingo. “Em sua maioria, os casos confirmados pela variante Delta já passaram do período de transmissão”, afirma a nota oficial da FVS-AM.

De acordo com o diretor-presidente da FVS-RCP, Cristiano Fernandes, os casos estão sendo investigados para realização de rastreio de contatos e identificar o perfil desses confirmados, incluindo a situação vacinal. “A investigação está em curso, mas já pudemos perceber que os identificados com a variante Delta estiveram ou tiveram contato com quem esteve nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro”, afirma Cristiano.

Segundo o coordenador da Vigilância Genômica do laboratório de referência da Fiocruz Amazônia, o pesquisador Felipe Naveca, a vigilância e identificação precoce das variantes contribui para tomada de decisões, principalmente, considerando a necessidade de avançar com a vacinação no estado.

“Além dos casos de Delta, é importante destacar que mais de 94% dos genomas sequenciados são das formas evoluídas da variante Gamma, em especial P.1.4 e P.1.6, que foram descritas inicialmente pela mesma equipe responsável pela vigilância genômica no Amazonas”, acrescenta o pesquisador.

A coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/FVS-RCP), Liane Souza, aponta que todos os casos confirmados com a linhagem foram identificados a partir de testagem realizada na rede pública de saúde.

“Ainda estamos realizando a investigação, mas já identificamos que as pessoas tiveram sintomas leves e nenhuma das pessoas já investigadas foram internadas em unidades de saúde”, detalha a técnica.

Sequenciamento – A identificação dos casos de Covid-19 pela variante Delta ocorre após análise de 332 amostras nasofaríngeas diagnosticadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/FVS-RCP) e sequenciadas pelo Instituto Leônidas e Maria Deane – Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz Amazônia).

Somadas as novas amostras às 400 analisadas anteriormente, especificamente para detecção da variante Delta, já são 732 amostras analisadas pela Vigilância Genômica com objetivo de identificar casos confirmados pela variante Delta no estado entre os meses de julho e agosto.

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