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Casal amazonense vem da Bahia de férias e marido morre de Covid no interior
Luto

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O que era para ser uma viagem de férias para matar a saudade dos parentes em Itacoatiara e Parintins tornou um eterno luto. O casal Alailson e Edilane chegou ao Amazonas vindos da Bahia no dia 21 de dezembro. Ele acabou pegando Covid no dia 20 de janeiro e lamentavelmente morreu no dia 1 de fevereiro, no hospital de Barreirinha. Alailson tinha apenas 47 anos.

Neste domingo, (21), o Repórter Manaós conversou com a viúva de Alailson. Edilane ainda está sem chão. Perder o amor da sua vida, com que era casada há 8 anos e vivia uma relação extremamente feliz em Jequié, interior da Bahia. “Estou destruída. A última frase que ele me disse foi: ‘eu tô indo embora, acabou. Eu te amo’. Isso nunca vai sair da minha cabeça. Ficou marcado na minha vida. Não tenho como esquecer. Ele foi um  marido parceiro, um homem bom, generoso. Quem conheceu meu marido sabe a pessoa boa que ele era.”

No dia 21 de dezembro o casal chegou ao Amazonas. Apesar dos pedidos de Edilene, Alailson estava com muita saudade da família e insistiu para vir. A viagem estava ótima, até ele adoecer. “Adoeceu em Parintins, no dia 20 de janeiro fomos ao hospital de Barreirinha e o teste deu positivo. Como não tinha leito voltamos para casa, e no dia 27 ele piorou”, recorda Edilane.

A luta pela vida ficava cada dia mais difícil. Falta de ar, pedindo por mais oxigênio e a falta de UTI aérea para levá-lo a Manaus. No Amazonas, um estado tão rico, as cidades do interior não têm UTI. “Não é fácil. Ele estava lúcido e falava o tempo todo que ia sair dessa, que ia vencer essa doença.”

Alailson perdeu a batalha no dia 1º de fevereiro. “O Covid existe tá aí! A gente só sabe quando acontece na vida da gente. A gente vê a realidade quando tá acontecendo com a agente. Você ver uma pessoa que você ama passando por uma situação dessa. Eu vi meu marido morrer, tentando puxar fôlego e eu não poder fazer nada; Isso dói demais. Tem gente que leva a doença pra dentro de casa. Todos nós devemos fazer nossa parte e nos cuidar. Não é fácil.”, resume Edilane.

 

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