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Formandos da área da saúde entram na Justiça para atuarem contra Coronavírus
A instituição de ensino negou a antecipação da graduação, mesmo diante do agravo da pandemia no estado e a necessidade de profissionais da saúde na linha de frente

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Foto: Divulgação/Assessoria

Universitários do curso de enfermagem de Manaus entraram com uma petição no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) nesta quinta-feira, 14, solicitando formatura adiantada ao Centro Universitário do Norte (Uninorte), após a instituição de ensino negar a antecipação da graduação, mesmo diante do agravo da pandemia no estado do Amazonas e a necessidade de profissionais da saúde na linha de frente.

A posição da instituição, no entanto, não segue o que determina o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e os Conselhos Regionais que no dia 18 de março entregou ofício ao Ministério da Saúde sugerindo medidas e providências para a proteção dos profissionais de Enfermagem e garantia da assistência à população frente à pandemia do coronavírus. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) publicou portaria na edição extra do Diário Oficial da União (DOU) no dia 20 de março afirmando que “estudantes universitários dos cursos de saúde estão autorizados a fazerem estágio em unidades de saúde”.

Segundo o advogado, Dr. Lucas Harles do Nascimento Ribeiro, são 27 universitários que solicitam a graduação, mediante ao que já ocorreu também na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), resolução nº 07/2020, que permitiu a antecipação da formatura de 79 médicos, 28 enfermeiros e 21 farmacêuticos. A outorga de grau dos três cursos, que aconteceria somente em agosto, foi realizada de forma imediata e em caráter especial.

“A UEA buscou cooperar com a população do Amazonas e ampliou a oferta de profissionais de saúde disponíveis para atuar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus. Desta forma, a instituição de ensino privada deveria seguir a mesma linha e disponibilizar esses 27 estudantes para atuar na luta pela vida de milhares de amazonenses, uma vez que se tem a necessidade desses profissionais nas unidades de saúde e a cada dia se constata no Estado a expansão do vírus. Não é compreensível a instituição querer prender seus alunos e não deixá-los atuar num momento de crise, ainda mais que esses universitários já atuam na área, supervisionados por questões de protocolo universitário, mas que já possuem a plena capacidade de atuação como profissionais”, destacou o advogado.

Ainda segundo Dr. Harles, mesmo sem as aulas práticas e teóricas, os alunos continuam sendo cobrados mensalmente, o que supostamente caracteriza uma prioridade da instituição do ensino em relação à mensalidade, e não para a formação dos estudantes, que já tem mais 75% do estágio curricular obrigatório do curso.

”É entendível que se a instituição mantiver esses alunos, teria mensalidades pagas até dezembro, o que é inaceitável é não priorizar que se salvem vidas”, frisou Harles diante do Estado ter registrado números recordes desde o início da pandemia.. A última atualização nesta quinta-feira, 15, revelou 17.181 casos de coronavírus confirmados no Amazonas, sendo 483 pacientes internados e 1.235 óbitos.

“O Ministério da Saúde convida profissionais para reforçarem atendimento no Amazonas, enquanto que o mesmo Estado viveu em 2019 um êxodo de aproximadamente 500 profissionais. Por isso, é importantíssimo que esses universitários, que estão aptos, possam exercer a profissão e servir o Amazonas. Aqui não se trata apenas de um diploma, mas de verdadeiros soldados prontos para cumprir sua missão”, destacou o advogado.

*Com informações da Assessoria 

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5 COMENTÁRIOS

  1. Inaceitável mesmo o que a Instituição de Ensino vem fazendo. Pensam apenas no benefício próprio, que são pagamentos efetuados de mensalidades. Em nenhum momento pensam na necessidade da população, não estão empáticos, estamos diante de uma guerra biológica, e o que a Instituição de Ensino faz para ajudar? Prende alunos que poderiam muito bem está no combate contra Covod-19.

  2. Vcs deveriam se colocar no lugar do próximo. É esse tipo de comportamento que a instituição prega? Deixando várias vidas se perderem por falta de profissionais? Sejam humanos.

  3. Custo acreditar que uma instituição dessa tão renomada está fazendo isso, visando somente seus lucros. Triste com essa posição deles frente a esta pandemia que assola o mundo.

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