Início Destaque Para defender Bolsonaro, Coronel Menezes diz que amazonense vive na ‘zona de...

Para defender Bolsonaro, Coronel Menezes diz que amazonense vive na ‘zona de conforto’
Será?

383

Fiel escudeiro do presidente Jair Bolsonaro (PL), e pré-candidato ao Senado, o ex-superintendente da Suframa Coronel Menezes escreveu textão para defender o decreto do IPI que ameaça os empregos da Zona Franca de Manaus. E mais: disse que o amazonense vive em “zona de conforto”

Além de insunuar que o amazonense vive na sombra e água fresca, Menezes via na contramão do que dizem especialistas. Ele afirma que não haverá desemprego. “Deixo aqui um questionamento. Desde a publicação do primeiro decreto, em março, quantas empresas anunciaram o fim de suas operações no Amazonas por conta da medida? A resposta é simples: nenhuma”
Os comentários em sua rede social são os piores possíveis. “Vai pega uma lapada esse presidente! Prejudicou o Amazonas a reposta vai ser dada nas urnas”, escreveu um seguidor.
Menezes foi candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro mas não foi ao segundo turno. Agora encara a disputa entre os favoritos Omar Aziz (PSD) e Arthur Neto (PSDB), colocando sua mão no fogo por conta do presidente, acusado de atacar a Zona Franca com um decreto de morte.
Veja o texto completo de Menezes:
“O Amazonas viveu os últimos 55 anos alicerçado num modelo econômico que perdura até hoje. Estou me referindo à ZONA FRANCA de MANAUS, criada pelos militares em 1967 para desenvolver a região, preservar a floresta e garantir que nossas fronteiras estivessem, de alguma forma, protegidas.
É óbvio que o Brasil precisa crescer, reaquecer a economia, gerar novos empregos e oportunidades, enquanto o Amazonas tem obrigatoriamente que desenvolver suas potencialidades, produzir e construir novos vetores de desenvolvimento econômico. Ou isso ou vamos ficar aguardando mais 50 anos de braços cruzados vendo a banda passar e assistindo aos nossos políticos perenizarem o discurso em defesa da Zona Franca de Manaus. Temos que sair imediatamente dessa zona de conforto.
Outra obviedade é que o Amazonas é muito rico para ficar dependente de três letras: IPI. Esse momento tenso que estamos vivendo hoje é consequência da inércia que acometeu nossos governantes dos últimos 50 anos. Nenhum deles teve iniciativa, capacidade, vontade ou inteligência para enxergar um palmo adiante do nariz. Não pensaram, não planejaram, não olharam para o futuro. Pelo contrário, preferiram o discurso fácil e vazio.
É preciso, e para ontem, investir em infraestrutura, turismo, bioeconomia, mineração, piscicultura, agronegócio e ter a Zona Franca de Manaus como um modelo complementar de desenvolvimento econômico, e não mais como a ÚNICA mola propulsora da nossa economia. Essa mola tem data de validade: 2073.
O decreto que reduz o IPI promove ganhos ao país como um todo e não prejudicou o Amazonas, ao contrário do que prega a corrente dos políticos do Apocalipse. Eles têm espalhado essa pseudoverdade sistematicamente e agora agem diretamente e com métodos espúrios para atingir o presidente Bolsonaro.
Deixo aqui um questionamento. Desde a publicação do primeiro decreto, em março, quantas empresas anunciaram o fim de suas operações no Amazonas por conta da medida? A resposta é simples: nenhuma.
Sabe por quê? Porque continua sendo vantajoso para a classe empresarial permanecer investindo no nosso estado. Empresário fica onde há oportunidade de ganhar dinheiro. Ninguém está aqui pela preservação da floresta.
Defender os interesses do Amazonas é prioridade e obrigação de todos, mas reduzir a pesada carga tributária e amenizar os custos para a população que sofre com tantos impostos também precisa ter um olhar diferente do governo federal, que tem se esmerado nessa missão. Nosso estado não pode ser visto como a trava do crescimento do Brasil.
O Amazonas sempre será prioridade para o governo federal. Somos um estado estratégico e, ciente disso, o presidente Bolsonaro sempre nos prestigiou. Agora, não podemos ser levados por informações descontextualizadas. Temos de observar com racionalidade as suas consequências.
Temos que fazer o dever de casa!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui