MANAUS, AM – Com ciúmes e não aceitando o fim do relacionamento com Alice Ferreira da Silva, de 22 anos, Daniel Passos de Araújo, de 21, matou a jovem com um tiro na nuca. A informação foi confirmada pela delegada Marília Campelo, titular do Núcleo de Feminicídio da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), nesta sexta-feira (28), durante coletiva de imprensa.
Segundo a autoridade policial, o crime aconteceu no último dia 20, por volta das 17h30, na avenida São Pedro, bairro Tarumã, Zona Oeste. “O ex-casal já estava separado há meses após um relacionamento de oito anos. A vítima teria começado um novo relacionamento e no dia do crime, o atual namorado ligou para Alice e tomado pela raiva Daniel acabou tirando a vida dela”.
Ainda conforme a delegada, no dia 19 deste mês, Alice teria ido até a quitinete onde o ex morava para buscar alguns documentos, mas acabou dormindo. “Na manha seguinte após uma briga o crime aconteceu”.
VEJA O VÍDEO
Em depoimento, Daniel confessou o assassinato, “Ele disse que durante a manhã ele e Alice discutiram pelo fato dela receber uma ligação do atual. Ele conta que em um momento de raiva atirou na nuca da vítima. Há relatos que na madrugada anterior ao crime os dois poderiam ter feito uso de substâncias entorpecentes com outras pessoas.” ressaltou a delegada.
Daniel fugiu para a Comunidade Riacho Doce, na Zona Norte de Manaus, e depois seguiu para um sítio de propriedade da avó materna, no ramal Canarinho, no quilômetro 32 da rodovia federal BR-174, onde ele foi preso na quinta-feira (27).
“Daniel também afirmou que foi baleado em dezembro durante um atentado e que acredita que o responsável tenha sido o atual namorado de Alice, que também era envolvido na facção. Fica um alerta para essas jovens que se relacionam com traficantes. Infelizmente o futuro delas pode ser a prisão por estar envolvida diretamente ou a morte. Esse é o primeiro feminicídio confirmado pela nossa equipe em 2022, os demais estão seguindo a estatística do tráfico de drogas”.
Daniel foi preso e vai ficar à disposição da Justiça na Central de Recebimento e Triagem (CRT).
