
Um médico brasileiro de 28 anos que tomou a vacina teste de Oxford morreu de Covid. A informação foi confirmada pela Anvisa, mas o nome dele não foi revelado. A Anvisa e o Comitê Internacional de Avaliação de Segurança dividiram os dados e ainda avaliam o caso. “Com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.”
Em nota, o responsável pelos testes na cidade onde morava o médico, no Rio de Janeiro, o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), afirma que “seguindo normas internacionais de pesquisa clínica e respeitando os critérios de confidencialidade dos dados médicos, não podemos confirmar publicamente a participação de nenhum voluntário no estudo clínico com a vacina de Oxford; Gostaríamos de informar que, após a inclusão de mais de 20 mil participantes nos testes ao redor do mundo, todas as condições médicas registradas foram cuidadosamente avaliadas pelo comitê independente de segurança, pelas equipes de investigadores e autoridades regulatórias locais e internacionais. A análise rigorosa dos dados colhidos até o momento não trouxe qualquer dúvida com relação à segurança do estudo, recomenda-se sua continuidade. Vale lembrar que se trata de um estudo randomizado e cego, no qual 50% dos voluntários recebem o imunizante produzido por Oxford. No Brasil, até o presente momento, já foram vacinados aproximadamente 8.000 voluntários.”
TRÊS HIPÓTESES
O Médico cuidava de pacientes com a Covid em hospitais públicos e particulares do Rio de Janeiro, não tinha nenhuma doença e era muito disposto. De acordo com o Extra, há três hipóteses para a morte dele:
“A primeira é que ele pertencia ao grupo placebo, aquele que recebeu uma vacina de meningite e não o imunizante contra a Covid-19. Uma segunda possibilidade é que ele tenha tomado uma dose, mas esta não tenha sido suficiente para protegê-lo. Uma terceira possibilidade é que ele não foi protegido e a Covid-19 tenha sido agravada por um fenômeno conhecido como amplificação dependente de anticorpos (ADE). Esse é um fenômeno que pode ocorrer em algumas infecções virais. Nele, anticorpos podem intensificar em vez de reduzir os efeitos da doença.”