Mais uma vez o caos e despreparo da Saúde no Amazonas foi destaque no Jornal Nacional, que mostrou nesta sexta-feira um raio-x parado há mais de 40 dias e um respirados há mais de um mês. A situação foi constatada em Tonantins, a 863 Km de Manaus, cidade que tem mais de 100 casos e nove mortes por coronavírus.
A reportagem mostrou que os equipamentos estão novos, o que só aumenta a revolta. No hospital, apenas dois cilindros de oxigênio. O Brasil acompanhou no Jornal Nacional o drama da família de Getúlio Marinho, de 68 anos, que morreu no dia 5 de maio em Tonantins, sem atendimento adequado e sem transferência para Manaus.
“Morreu sem fazer chapa no pulmão porque não tinha raio-X e foi enterrado pelos sobrinhos porque não tinha coveiro”, disse na matéria a filha de Getúlio Marinho, Natalina Barbosa Marinho. “Nem coveiro tem. Meu pai foi enterrado por três sobrinhos”.
Indeberto Rocha, de 65 anos, foi outro personagem da reportagem vexatória e revoltante. Ele morreu de parada cardíaca. “Não tinha um médico na hora que ele mais precisou, tinha uma enfermeira e o técnico e não tinha aparelho respiratório”, disse Edevelton Alves da Rocha.
No fim da matéria exibida no Jornal Nacional, o secretário de saúde de Tonantins, José Julio Junior, disse que não tem um técnico para instalar o raio-x e que o respirador é usado durantes as transferências, mas que está na caixa para não estragar.